Unidos Pelo Fio... Do Telefone

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Não esperei muito, já em casa em Londres, com Ana metida no avião para Lisboa, o telemóvel tocou.
-Sim,?
-Olá – ouvi num português manhoso. – Helena, sou eu Sam.
Dei uma gargalhada - então já sabes dizer uma palavra em português?
-Fui pesquisar, sabes que o Google nos ensina tudo? Então, escrevi Portugal e apareceram-me as imagens mais lindas do mundo.
-ah sim, isso com toda a certeza, mas só vendo in loco e provando in loco todos os sabores.
-Não duvido, se Portugal souber ao mesmo que tu, então... definitivamente mudo de nacionalidade. Nunca provei nada melhor na minha vida, juro!
-Hum, não sei se acredite, Ana pesquisou-te parece que o Google também ensina muita coisa sobre ti
-ah! Bem não acredites em tudo o que o Google te diz, principalmente em relação a minha pessoa, o marketing é forte e necessário, a maior parte das coisas não são verdadeiras. Já sobre ti, gostei de tudo o que li, uma moça orientada.. Adorei.
-Sobre mim é tudo simples, mas também existem coisas que não são bem assim, a minha suposta relação com o Thiago que é gay, não tem nada de verdadeiro, apesar de todos os namorados que me impingiram contam-se pelos dedos de uma mão os meus casos mais sérios, e tu?
-Idem, idem, nada sério, casos de uma noite e poucas relações assumidas
-Eu sou um caso de uma noite... - disse-lhe mais para ver o que ele respondia. Fez-se silêncio do outro lado da linha. Um, dois, três, quatro segundos
-Acreditas nisso, Helena? Depois da noite que tivemos? Nem da minha parte e quero acreditar que nem da tua, senti-te mais perto de mim nesta noite que me senti com mulheres com quem mantive uma relação de meses, o que tivemos foi especial.
-Sim foi, muito. Queria estar contigo agora. Sentir-te dentro de mim.
-Ahhh sim. Também queria muito beijar-te e amar-te agora, ficar dentro de ti e perder-me.
-Vamos mesmo fazer isso? Sexo pelo telefone?
-Ahaahhahaha, - ( só aquela gargalhada rouca e já me afetava) poderíamos – disse – toca-te e pensa em mim eu estou a fazê-lo, a pensar em como te beijaria o corpo todo, lambendo todos os recantos.
-Sam, Sam... sim estou a tocar-me onde tu te imaginas  e sinto a tua respiração no centro do meu corpo, querendo-me...
-Sim quero-te, acaricio os teus lindos seios com uma mão enquanto te levanto as pernas por cima dos meus ombros,  beijo-te, venero-te, Helena como te quero, beijo todo o teu corpo, sinto cada linha, cada curva, enquanto ronronas o meu nome, credo o que me fazes mulher, como é possível, fazes-me elevar o mais depravado ser, quero-te, como-te.
-Ah, Sam anda vem para dentro de mim, anda penetra-me fundo sim, come-me sim.
- Como te quero, moça.
-Como te quero, Sam.
E depois de mais umas estocadas mentais atingi o orgasmo e do outro lado da linha ouvi um esgar e uma respiração entrecortada que me fez sentir a mais feliz das mulheres. - Até amanhã, Sam.
-Até amanhã, love.
Desliguei.
Dormi o sono dos justos embalada por sonhos azuis, da cor dos Lagos da Escócia.

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