Caitriona

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De manhã, acordei com os beijos de Sam na minha barriga e as suas mãos a vaguearem pelo meu corpo, - hummm, bom dia Sunshine, que andas tu a fazer debaixo dos lençóis, perdeste alguma coisa? – ri-me com as cócegas que o seu cabelo me fazia –
-hum hum, ando a ver se encontro a minha alma, perdi-a por aqui algures - foi dizendo entre beijos, e foi deslizando por ali abaixo beijando todos os pontos,  que delícia acordar assim com este homem pronto a satisfazer os meus desejos mais impuros, - Humm continua pode ser que encontres - abriu-me as pernas e lambeu-me metendo a sua língua dentro de mim intercalando com chupadelas no meu clitóris levando-me aos píncaros do desejo, agarrei-me àquele cabelo lindo levantei as ancas para que ele fosse mais fundo gemendo o seu nome cheia de tesão por aquele homem, que loucura que maravilha, senti o orgasmo chegar lânguido e desmoronei mas sentindo ainda aquela vontade louca de continuar, subi para cima dele e virei-me para lhe abocanhar o sexo dando-lhe a ele uma visão do meu para que continuasse a fazer o que estava a fazer,  chupei-o, apalpando-lhe os testículos e ouvi-lhe a respiração alterada enquanto me acariciava as nádegas e puxando-me para si, voltei-me e montei-o, ele sentou-se e abraçou-me acariciando-me a costas chegamos em uníssono ao início de tudo.
Depois de Sam ter saído fui  tomar duche, comi e sentei-me no sofá para verificar as minha mensagens, ouvi o rugido de um carro a aproximar-se, quem seria?  Levantei-me e fui espreitar não podia ser Sam ele tinha ido ao set das filmagens, não estaria ainda despachado, assim que espreitei pela janela congelei, era Caitriona, bolas, ela não deveria estar também no set? Não a deixei bater, abri-lhe a porta com um sorriso meio escondido.
-olá Lena, posso entrar?
-Claro entra, Sam não está, foi ao set.
-Sim, eu sei. Queria falar contigo. – bem o que quererá?
-bem, OK! Queres tomar  alguma coisa? Acabei agora de tomar o pequeno almoço.
-Não obrigada, podemos sentar?
Sim – sentei-me numa posição defensiva estava com algum receio do que ela me pudesse dizer.
-Quero pedir-te desculpas Lena, pelo que aconteceu na sexta estive mal, não deveria ter feito o que fiz. Realmente o Sam e eu não temos mais nada um com o outro somos apenas amigos, colegas de trabalho e além de que estou noiva - e mostrou-me o anel de noivado – Tony,  é o homem que eu preciso e que me faz bem.
-E o Sam? É o quê? É o que queres e te faz mal?
-Não! Já houve uma altura que pensei assim, as coisas ficaram muito loucas, as pessoas à nossa volta a insistirem num relacionamento, o contracenar criando este casal poderoso, toda a química que nós sentíamos quando estávamos a interpreta-los, foram dois anos de acumulada loucura.
-hum e agora é o quê? Acabou a loucura?
-Bem, a loucura à nossa volta mantém-se mas nós já conversámos, já assentimos que connosco, com nós os dois, as coisas não são assim, eu adoro o Sam, mas tenho por ele um sentimento de proteção, de carinho nada mais.
-Não foi o que me pareceu na sexta feira no bar, pareceu-me mais uma tensão sexual  que outra coisa.- Olhei para ela de frente - Mas Cait, não quero saber, a sério não quero saber, o que sinto por ele vai além de qualquer outra coisa que tenha sentido até hoje e parece-me que, se ele não sente o mesmo que eu, imita muito bem, por isso enquanto eu me sentir assim vou continuar a vê-lo independentemente das loucuras à vossa volta, independentemente das tuas tentativas de carinhos, não o vou compartilhar, mas vou querer entender tudo isso, por mim e por ele. No dia que ele me disser que não quer mais, logo se verá como vou ficar, mas por enquanto vou viver tudo isto, nuca deixei nada para trás aventurei-me sempre de cabeça e consegui até aqui mais ou menos tudo por o que lutei na minha vida e vai ser assim também com Sam.
-Ainda bem que pensas assim, espero realmente que te aguentes e que consigas sempre entender. Peço-te desculpas mais uma vez – levantou-se pegou na mala e beijou-me a face à laia de despedida—espero que corra tudo bem entre vocês, o Sam merece. E tu também, pelo que vejo.
- Assim será, obrigada Cait, também espero que sejas feliz.
Depois dela ter saído pensei que aquilo era tudo muito doido nunca na minha vida vivi coisas destas, talvez porque no meu mundo as pessoas não fossem tão conhecidas e o nosso público fosse diferente, mais comedido, menos curioso, não deveria ser fácil ser Sam nem ser Caitriona. Fui arrumar a minha mala teria de ir embora hoje à noite. Quando Sam chegou vinha eufórico.
-Lena, meu deus, olha só isto, vou receber um título honoris causa pela universidade de Stirling. E outro da universidade de Glasgow
-A sério SAM? Bem, isso é uma honra, que maravilha.
- Mesmo e não é só pela actuação em Outlander é também pelas causas que apoio a Bloodwise, Cahonas e até pelo MPC, pelo aumento do turismo na Escócia imagina só, é bom não é?
-Sam, é ótimo muito bom, quando vão ser as cerimónias?
-Dia 27 deste mês em Stirling e  a 3 de Julho aqui em Glasgow. Queres acompanhar-me?
Agarrei-me ao seu pescoço beijando-lhe os lábios—nada me daria mais prazer sr. Heughan.
-Nada mesmo? – abraçou-me pela cintura.
-Por agora, nada.. – pensei se lhe havia de contar sobre Caitriona, resolvi contar não poderia haver segredos deste tipo entre nós. – Tive uma visita esta manhã – disse-lhe com a cabeça encostada ao seu peito.
-Sim? Quem? Aqui em casa?
-Sim, Caitriona. – desviou-se de mim olhando-me nos olhos perguntou:
-Cait, o que veio fazer? O que te disse? Eu já te tinha explicado tudo Lena, não te menti.
- Sim, eu sei,  ela só veio confirmar o que tu me contaste. Numa atitude amigável explicou-me o que aconteceu e o que poderá vir a acontecer entre vocês.
- Nada, não vai acontecer nada entre mim e Cait, já te disse. – e largou-me ali especada no meio da sala, não sei se gostei da atitude.
-Sam, o que venha a acontecer e espero que não seja mesmo nada, porque não quero investir numa relação condenada ao fracasso, mas o que venha a acontecer, desde que exista a verdade entre nós, nada nos pode machucar, tens de me prometer que não existem segredos, nem verdades contornáveis, tem de ser sempre a verdade por mais dura que ela seja, promete-me Sam.
-Virou-se e andou devagar até mim com as mãos estendidas, entrelacei os meus dedos nos dele, encostou a sua testa na minha
-Prometo. Prometo Lena, serei sempre verdadeiro contigo.
À noite levou-me ao aeroporto, ficamos combinados encontrarmo-nos dali a dois dias, para irmos juntos à recepção a Stirling, iria comigo para Londres ainda tínhamos  a receção em Glasgow e depois eu teria que partir para o Japão por causa do espectáculo no dia 27 de Julho, o final da minha carreira como bailarina profissional. E ele iria ao meu encontro.

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