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Matheus Souza, 32 anos. Vulgo: Souza.
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Raissa Lopes, 17 anos.
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Gabriel Alves, 28 anos. Vulgo: GB
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Marina 💫
A minha vida parecia um belo e grande clichê, sério! A menina que perde os pais com 16 anos e começa a morar com a melhor amiga. Os pais da melhor amiga, acabam se perdendo e vendendo as duas amigas por drogas.
Eu e a Raissa, conseguimos fugir dos traficantes, mas até hoje acho que nós somos procuradas. Rodamos muito o Rio, já moramos um lugares sujos, imundos e hoje, estamos mudando pro morro da rocinha.
Era uma casa não tão "chique" mas era organizada e em um bom lugar do morro.
Após organizamos tudo, tomei um banho e me sentei morta de cansada no sofá, vendo a Raissa entrando em casa.
Ela ainda não tinha me dito como conseguiu essa casa, mas uma hora eu iria saber, por bem ou por mal.
Raissa: Oi gatinha...- Falou colocando as sacolas na mesa.
Marina: E aí, Rai.- Passei as mãos no meu cabelo.
Raissa: Hoje vai ter futebol na praça, escutei a moça no supermercado falando. A gente vai né? Churrasquinho de graça amiga.
Marina: Falou em comida eu nem preciso de mais convites.
Ela sorriu e foi guardar as coisas, enquanto eu subi pra me arrumar.
Ela trabalhava em uma loja de cosméticos e eu como gerente de uma lanchonete.
A gente ganha o suficiente pra sobreviver aos poucos, claro, tem alguns meses que a gente é sufocada por dívidas, mas mesmo com dificuldades, a gente tá juntas...
Me arrumei rapidinho e ela logo subiu, indo se arrumar também. Fiquei esperando ela na porta de casa e observei várias motos grandes passando de uma vez, com vários caras de fuzil e algumas empinando.
Olhei interessada para aquilo, amava motos e subidinha era outra coisa que eu amava também!
Raissa: Já tá querendo se envolver com bandido? - Falou brincando e trancando a porta.
Marina: Pra ficar igual aquela menina ali? Se tiver 15 anos é muito, cara! - Falei mostrando discretamente uma menina bastante nova com os cabelos raspados.
Raissa: A regra é clara, Marina. Fez errado vai ser cobrada. Só fica longe de vacilo que tu é tratada bem aqui. Só não dá simpatia pra macho, emocionado é o que mais tem aqui.
Marina: Não sabia que você é tão informada assim, senhora...- Olhei pra ela, enquanto andava.
Raissa: Já visitei algumas vezes, rolês meus...- Falou piscando.
Fiz careta e continuei seguindo ela, que conhecia muito bem isso aqui pelo visto...
Chegamos na praça e eu fui logo me sentando, vendo ela ir logo pra fila do churrasco.
Sorri de lado e dei uma olhada em volta, sentindo um grupinho de bandidos me encarando. Mesmo sem querer, acabei prendendo meus olhos em um moreno magrinho, ele era lindo demais!
Os outros continuaram olhando e comentando, mas eu encarava o moreno mesmo, ele me encarava de volta rindo.
Raissa: Marina? - Escutei ela gritando e olhei.- Vem cá.
Olhei mais uma vez e desviei, me levantando e indo até ela. Ela me perguntou se eu ia querer de carne e eu confirmei, ficando ali com ela, mas queria mesmo era estar flertando com aquele moreno.
