capítulo quarenta e três.

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Marina 💫

Mari: Rafaely, me faz favor né. Vai sair comigo sim e se o Gb quiser pagar de louco, vou dar um socão na cara de cavalo dele.- Ela riu, coçando a cabeça.

Rafaely: No fim da noite quem vai se foder sou eu mesmo, espero que esse rolê seja bom pelo menos...

Mari: Tá vendo essas duas mulheres, Rafaely? - Falei do lado dela, olhando pro espelho.- São rodas para caralho e merecem muito mais que homens escrotos, entendeu?

Rafaely: Eu sei...- Sorriu fraco.

Mari: Você sabe o quão maravilhosa você é? Olha isso porra, você é tão bonita por fora quanto é por dentro. Você merece mais que um amor bosta, você merece ser amada como a pessoa mais especial do mundo. Merece alguém que te lembre o quão linda você é, todos os momentos.

Rafaely: Vamos virar lésbicas e casar, por favor? - Juntou as mãos e eu sorri.- Vou me arrumar, se o Gabriel chegar...

Mari: Eu coloco fogo naquela poc, que inclusive acabou de chegar...- Ela respirou fundo, subindo as escadas.

Me joguei no sofá com o meu copo de whisky nas mãos e olhei pra porta, que acabava de ser aberta pelo Gb de cara cansada.

Se o cara não fosse o maior escroto que eu conheço até agora, eu poderia chamar de amigo. Porque em alguns momentos ele era uma pessoa boa, mas era um fudido.

Gb: Cadê a Rafaely? - Falou passando a mão no cabelo.

Mari: Tomando banho porque vamos sair...- Falei bebendo o whisky dele.

Gb: Pra onde, com quem? - Se jogou no sofá.

Mari: Você é homem o suficiente pra ter uma conversa comigo? - Falei olhando pra ele.

Gb: Sou homem pra tudo! - Sorri debochada mas relevei.

Mari: Por que você faz isso com ela?

Gb: Porque a gente tem um acordo, Marina. Ela fica comigo enquanto eu dou todo patrocínio pros pais e irmãos dela.

Mari: Disso eu não sabia, ok. Mas por que tratar ela tão mal? Se você fez um acordo pra ter ela do lado, bom, deve significar que você sente algo por ela.

Gb: Ninguém sabe disso além de nós dois e de tu agora. Rafaely não é nenhuma santa como tu pensa, Marina. Ela já vacilou comigo e tá pagando isso até hoje.

Mari: O que ela fez de tão grave? Você bate nela, caralho Gabriel! É como você bater de frente com um ursinho de pelúcia. Você é muito mais forte que ela.- Ele riu.

Gb: Gostei da comparação, mas Marina, não se engana...- Falou tirando a blusa.- No começo de tudo, pode perguntar pro Souza ou pra qualquer um que já é das antigas, eu fazia de tudo por essa mulher.

Mari: E por que parou de fazer? - Engoli no seco quando ele levantou e deixou várias cicatrizes visíveis na cintura.

Vários cortes de faca, pelos braços, pela cintura, alguns pela barriga e tinha uma cicatriz no peito esquerdo também.

Gb: Nesse tempo eu nunca tinha encostado um dedo dela...- Falou indo pras escadas.- Ela não é a santa oprimida que tu acha.

Fiquei sem saber o que falar, apenas peguei mais whisky e coloquei no meu copo, vendo ela descer alguns minutos depois..

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