gêneros: ficção adolescente/suspense/drama
Vários acontecimentos bizarros acontecem próximo ao trio de amigos Karen, Ian e Noah, como o sequestro de um homem desconhecido no Café onde frequentam.
Os três então resolvem embarcar em uma busca por resp...
Inúmeros campos verdes e um enorme lago que se estendia até o pôr do sol foi o novo tipo de paisagem ao qual Even escolheu viver do lado de Doug desde que saíram da Cidade Invernal. Ambos se recusaram a aceitar a ajuda monetária de seus pais depois que foram embora, queriam poder criar suas "estradas" por conta própria e assim fizeram, vivendo dessa maneira até os dias de hoje. Doug trabalha em uma adega muito famosa na sua nova cidade, e enquanto a Even, agora com a barriga enorme de sete meses, ainda não tinha encontrado nenhum trabalho por conta disso.
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Sentada na cadeira de balanço todos os dias naquele mesmo horário de fim de tarde, Even aguardava Doug chegar, admirando a beleza das belas cores que o crepúsculo produzia em contraste com o lago e as árvores no horizonte.
Não demorou muito, e Doug, agora seu marido, surgiu ao longe no caminho de pedras até sua residência. Quando chegou à varanda onde sua amada estava, lançou um sorriso afetuoso para ela, mas a garota não retribuía a ação com o mesmo humor que ele já havia duas semanas. Algo passou a incomodá-la profundamente nos últimos dias. Após notar a falta de ânimo dela por mais uma vez, Doug não sabia mais o que fazer para mudar tal situação.
Ele se aproximou e sentou-se em um banco de tronco ao lado dela.
─ Meu bem? ─ segurou a mão dela, mas Even não olhou em seus olhos como um ato instintivo.
─ Já chega disso. ─ disse ela sem rodeios, um pouco abalada.
─ É sobre aquilo novamente?
─ Sim! ─ dessa vez o encarou. ─ Quando você ficou sabendo sobre a carta do Noah e tudo o que você me disse como justificativa foram coisas que só deixaram mais perguntas abertas. Se recusou a me dizer a verdade sempre que eu perguntava por todo esse tempo, e tudo o que eu sei é que ele está morto, mas eu ainda nem sequer sei o motivo de seu falecimento!
Doug foi pego desprevenido por essas palavras apesar de já estar aguardando por algo semelhante.
─ Já chega de "camuflagens"! Você vai me contar tudo, agora!
Ele respirou fundo. Manteve a respiração presa e em seguida abaixou a cabeça, olhando para o chão. Voltou a respirar, porém, de uma forma mais trêmula.
