A decepção amorosa de Gil

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Pouco depois que Jay e Evie saíram da arquibancada para irem para seus respectives quartos, Uma e Gil chegaram e se sentaram.

— Peraí, aqueles não são o Jay e minha irmã, Evie ?!

— Parece que é.

— OIII EVIE...

— Não, não precisa chamar não.

Gil olhou para Uma, franzindo o cenho.

— Ué, porquê ?

— Eu não tou minimamente afim de falar com mais de uma pessoa. Sacou ?

Ela se deitou, colocando as mãos no crânio, cruzando os pés e fechando os olhos.

— Então ? Tá feliz porque dentro de pouco tempo, você vai encontrar com sua mãe ?

Uma se sentou novamente e fez uma expressão de ódio.

— Minha vida era um verdadeiro saco. — disse Uma. — Pra você ter uma ideia, minha mãe parecia não se importar comigo.

— Como assim ?

— Ela não dava a mínima pra mim... só quando ela precisava de alguém pro turno da noite. A única coisa que ela ainda me deu de importante, foi esse colar de concha que pertenceu a ela. Ao que parece pertenceu à minha avó que deu pra minha mãe, que deu pra mim e eu vou dar pra ninguém.

— Nossa Uma, que loucura... Peraí, você não quer ter filhos ?

Uma olhou para Gil, depois pro chão e então disse :

— Não, não quero ter filhos.

— Mais porquê ? Se nossos pais não tivessem se unido, nós não existiríamos e aí, a gente não se conheceria e nada aconteceria.

Uma se levantou e deu sete passos pra frente.

— Gil será que você não percebe ?

Ela se virou e Gil ficou olhando-a com o cenho franzido.

— Eu quero brilhar, eu quero me tornar uma grande lenda, ser reconhecida por meu nome. Se eu tiver um filho ou uma filha, isso só vai me dar mais trabalho e eu não vou poder brilhar nem fazer nada de tudo que eu quero fazer. Eu tenho tantos planos malvados para o futuro e eu não posso perder pensando em... ter um... um descendente.

— Eu teria. Seria ótimo porque eu cuidaria do meu filho do jeito que eu queria que meu pai cuidasse de mim.

— Sua vida também não era melhor do que a minha, né ?

— Nem um pouco, meu pai vivia me mandando ir caçar com ele. Caçar o que ? Não tinha praticamente nada além daqueles corvos que ficavam rondando o céu da ilha. O que que a gente ia fazer com aqueles corvos ? Comer ?! Além disso, ele não aceitava o fato de eu gostar mais de garotos do que de garotas.

— Escroto !

— É... Escroto.

Uma ficou silenciosa por um momento.

— Por falar nisso, você arranjou um namoradinho ?

— Bom... (Gil corou) tem um garoto aí por quem eu sou apaixonado faz tempo mais eu sei que nunca vai rolar.

— Quem é ? É o Harry ?

— Não, ficou doida ?

— Não, é só que houve uma época em que eu fiquei sabendo pela ilha que vocês estavam namorando.

— Era mentira e outra, a gente nunca namoro. Eu só chupei o pinto dele... ele acabou confessando que era hétero e que a experiência não tinha excellente mais que eu mandava bem.

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