Um amor entre o Bem e a Má

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— É a sua primeira vez ? — perguntou Ben.

— Sim... é que não namoramos muito lá na ilha sabe... em geral, cometemos pecados e somos malvados, entende ?

— Sei, ei, você tem um pouco de bolo no lábio...

Mal parou de comer o bolo de chocolate e perguntou :

— Tou muito lambuzada ?

— Não, peraí que eu vou tirar !

Ele passou o polegar no lábio dela e rolou um clima. Os olhos verdes dela se encontraram com os olhos verdes dele e foi como se uma magia única se manifestasse neles.

— Nossa...

— O que foi ? — perguntou Mal sorrindo.

— Como você é linda.

Mal corou severamente e sorriu. Ben sorriu e se levantou.

— Quer vir nadar comigo ?

— Hum... não...

— Porquê ?

— Eu... eu...

Ela não queria que ele pensasse que era tão burra ao ponto de não saber nadar.

— Então... é que eu nunca... nunca... (Ela olhou pros morangos) nunca comi morango !

Ela pegou um e enfiou na boca sem pensar. Gemeu fingindo gostar mas quando de fato sentiu o gosto, ela gemeu mas de prazer. Ben abriu a mão para Mal e disse :

— Agora que você já comeu, vem comigo.

Ela se levantou e eles olharam para o lago.

— Ben, a verdade é que eu não sei nadar... eu nem sei o que que eu tenho que fazer.

Ela abaixou a cabeça — fingindo — e ele colocou os dedos no queixo dela, subindo sua cabeça.

— Não precisa ficar com vergonha — disse Ben, baixinho. — Eu te ajudo, basta segurar minha mão e eu te seguro.

Ela assentiu e retirou as botas. Ela ficou um pouco envergonhada de ter as pernas definitivamente nuas na frente dele mas se era pra orgulhar sua mãe, ela aceitava. Ben retirou seus tênis e meias e para que ela se sentisse bem, ele pegou ela no colo — estilo cavalheirismo — e entrou na água.

— Tudo bem, agora eu vou descer de vagar suas pernas pra água e aí a gente vai mergulhar tá certo ?

— Tou desesperada.

— Confie em mim.

Mal começou a sentir algo estranho, algo que nunca sentiu e nem sabia o que era. Era uma felicidade não conhecida, era como se pela primeira vez em sua vida, se sentisse segura. Ele colocou as pernas dela na água tranquilamente e olhando para os olhos dela. Aqueles olhos dele a deixavam tão calma e segura que ela nem sentiu o frio pegando suas pernas. Quando menos percebeu, já estava com seus pés na água, bastava mergulhar.

— Vamos mergulhar.
— Pode ser de vagar ?

— Claro. — disse ele, retirando sua camisa.

— Achei que não ligava de molhar sua roupa. — disse ela, com sarcasmo.

— Minha camisa ? Nunca mas minha calça, tou nem aí já que foi meu pai quem deu.

Ela riu e ele lhe ofereceu sua mão. Ela segurou e eles foram mergulhando de vagar e com calma. Eles enfim mergulharam e se viram lá em baixo do mar cristalino. Eles riram antes de voltar pra superfície a procura de ar e rindo.

— Eu gostei.

— Nunca nadou ?

— Não.

— Mas você vive em uma ilha.

— Cercada por uma barreira mágica que nos impede de ter contato com a água.

— É verdade.

Eles voltaram a nadar e a brincar. Já estavam encharcados quando de repente Ben se aproximou de Mal. Ele passou os dedos no rosto dela e os dois se sentiram tensos. Os dois estavam com medo mas sentiam vontade também. Ele se aproximou pra beija mas ela desviou.

— O que foi ?

— Ben... eu... eu não sei o que é o amor.

— Deixa eu te ensinar.

Ele se aproximou do rosto dela e ela se deixou levar pela sedução. Os lábios dele começaram a passear pelos dela e quando colocou as mãos no rosto dela, a língua dele entrou na boca dela.

Eles estavam se beijando intensamente quando ele pegou ela pelas pernas e levou pra onde estava o pique nique. Ele a deitou e começou a beija-lá com vontade mesmo. Ele passava as mãos pelo corpo dela enquanto ela passava as mãos pelas costas dele. Ele desceu pro pescoço dela beijando e chupando fazendo ela se arrepiar.

De repente ela abriu os olhos e estes estavam verdes brilhantes exatamente como quando sua mãe e ela se enfrentavam.

— Quer que eu pare ?

Os olhos dela pararam de brilhar e ela negou com a cabeça. Ele continuou chupando o pescoço dela e desceu pros peitos dela. Mal começou a sentir aquele poder do sexo, o poder que se manifesta na barriga mas que prova que você é especial e poderoso. Ela queria sentir esse poder tão grande, tão especial, tão incrível, maravilhoso.

Mas quando Ben enfiou a língua no umbigo dela, ela sentiu aquele poder aumentar. Mas o poder sumiu mesmo quando ele foi tirar a calcinha dela.

— Opa espera ! Eu acho que deveríamos parar.

— Tudo bem. — respondeu dele.

Ele soltou a calcinha dela e se deitou do lado dela. Eles ficaram em silêncio por um momento e Ben se levantou.

— Me desculpe, fui muito rápido.

— Tudo bem, de qualquer jeito, eu estava gostando.

Ele sorriu.
*
* *
A moto parou na frente do castelo e Mal desceu retirando seu capacete.

— Obrigada por hoje. — disse ela.

— Eu que te agradeço. — disse ele.

— Tchau. — disse ela, se virando e entrando no castelo.

Ela subiu até seu quarto e se espantou ao ver que Evie não estava lá. Ela se despiu e colocou o pijama pois já estava tarde. Se deitou e adormeceu.

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