Impossível (Rizzy) |Shadowhunters|

Capítulo 22 - Esperança

No Capítulo Anterior: 

-Você não vai gostar de saber.- A luz do poste se apagou e no segundo seguinte que ela acendeu eu já estava bem na frente do vampiro, que arregalou os olhos e se afastou da mulher que saiu correndo com a mão no pescoço, eu cuidaria dela depois. O vampiro deu passos trôpegos para trás, com seus olhos arregalados.

-Raphael S-Sant-Santiago.- ele gaguejou, mas não dei tempo para que ele fizesse outra coisa, eu o daria um jeito para que ele andasse na linha. E eu sabia, desde os cinco meses atrás, quando comecei a usar isso como refúgio, que eu não terei mais salvação.

Pov Isabelle Lightwood

Acariciei minha barriga de grávida que já estava bem grandinha, eu já estava indo para o sétimo mês de gravidez e irei ao médico esta tarde com Clary, apesar de ser uma shadowhunter, preferi me cuidar com médicos mundanos, até por que minha família está explodindo de felicidade, todos querem cuidar um pouco do meu filho ou filha, decidi que não quero saber o sexo por agora. James passou a ser bem mais tragável, apesar de ser um idiota na maior parte do tempo, já não vou mais ao instituto. Suspiro saindo de frente do espelho, eu não pareço em nada com a Isabelle de seis meses atrás, principalmente levando em  consideração que estou usando um vestido azul escuro de alças finas e bem mais largo que o de costume, sorri um pouco comigo mesma, sem batom vermelho, sem muita maquiagem e meu sorriso foi sumindo aos poucos… Sem Raphael. Desde a festa de Magnus, eu não tinha mais nenhuma notícia dele, nunca mais o vi.

Coloquei minha mão na barriga e me sentei em uma poltrona que havia na sala, minha única felicidade é o meu bebê, eu não tinha mais o amor da minha vida, não tenho mais o instituto, não sou mais feliz e meu único momento de felicidade é quando estou com minhas lembranças e mesmo depois de todo esse tempo eu ainda me sinto destruída ao lembrar da última vez que vi Raphael. Suspiro mais uma vez e me levanto da poltrona, já está quase na hora de Clary chegar.

Dou dois passos e sinto uma dorzinha no pé da barriga, continuo andando e sinto outra dor um pouco mais forte, mais um passo e a dor aumenta ainda mais, começo a ofegar por causa da dor, minha preocupação aumenta.

-Não posso perder meu bebê.- murmuro desesperada, segurando a barriga, ando até a mesinha de centro e começo a procurar desesperada pelo meu celular, a dor na barriga aumenta ainda mais e sinto o suor escorrer pelo meu rosto, depois do que pareceu uma eternidade eu consigo achar o aparelho mas sinto uma dor mais forte que as outras, lágrimas de medo brotam em meus olhos e eu me ajoelho abraçando a barriga a fim de aliviar a dor. Ligo pra primeira pessoa que vejo, Magnus, com certeza ele saberá o que fazer. Aperto o botão de chamada com as mãos trêmulas, nunca em toda minha vida eu havia sentido tanto medo de me acontecer algo e pior, eu não posso perder meu filho também, é a única coisa que me mantém de pé. 

-Ahhhh!!!- grito com a dor forte e aguda. O celular de Magnus chama mas ele não atende, tento mais uma vez e ele atende no terceiro toque.

- Izzy, a que devo a honra?- perguntou do outro lado e mal deixei ele terminar de falar.

-Magnus por favor, preciso da sua ajuda, estou sentindo muita dor na barriga, estou com medo de perder o meu bebê.- o choro que até então está entalado em minha garganta, sai desesperadamente.

-Fique calma Izzy, chegarei em um segundo, tente se manter calma não vai acontecer nada com você ou seu bebê.-

Mais uma dor toma conta e eu acabei deitando no chão em posição fetal, minha visão começa a ficar turva e meus sentindo estão se esvaindo, sinto um liquido escorrer por minhas pernas, é o fim, uma tristeza profunda toma conta do meu coração, eu o perderei.