E foi no morro que aconteceu.

Capítulo 21

Quando fomos pro lado de fora da casa o cara que me assaltou estava lá, no meio da rua, cheio de sangue, jogado no chão e o C3 estava dando vários chutes nele quem só fazia gemer de dor.
Coringa – AGORA TODO MUNDO VAI SABER O QUE SE FAZ COM QUEM ROUBA NO MEUMORRO – gritou e o cara me olhou, eu tive dó, por mais do que ele fez comigo- ei - entregou a minha bolsa – confere aí – vasculhei a bolsa toda e faltava meu celular e meus 350,00 reais, meu coração chega doeu
Gabs – err... – ele me olhou – falta meu celular e um dinheiro - longe de mim mentir pra esse cara, vai que ele me batesse também, de surra já basta por hoje
C3 - cadê o ganho filho da puta? – deu uma coronhada na cara dele, do mesmo jeito que ele tinha feito comigo antes
xx- já passei patrão, já... passei –disse sem forças
Coringa – entrem – disse pra mim e pra dona Sônia, mas eu estava estática vendo o homem apanhar do C3 e uns dois caras, tinha pra lá de 40 pessoas na rua, parecia até um show – ENTREM CARALHO, AGORA PORRA – gritou e nós entramos tontinhas
Sônia – vem, vamos pro meu quarto, disse me levando escada a cima, entramos no seu quarto ( o quarto dos meus sonhos kkk) – calma tá ? eu sei que é muito pesado, mas é que isso aqui sempre foi muito normal, por mais inacreditável que seja – ela falou enquanto pegava água pra mim no frigobar, eu tremia mais que vara verde
Gabs – como conseguem ter tanto sangue frio assim Sônia? – peguei minha água
Sônia – o amor, eles cresceram nessa vida, já presenciaram coisas terríveis e tudo isso influencia – ficamos conversando sobre essa vida, até que escutamos 6 disparos e em seguida gritos, foi aí que eu comecei a chorar, a tremer, a quase vomitar de nervoso, dona Sônia me abraçou forte
Sônia – calma gabi, calma –deitei em seu colo e ela começou a mexer no meu cabelo tentando me dispersar o máximo possível daquela cena que eu estava tentando mentalizar toda hora. Acabei dormindo ali mesmo.