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Sexta feira. Tudo está correndo tão rápido que nem percebi que estava atrasada novamente, já é a segunda vez que me atraso na semana, droga! Preciso me organizar melhor.

— Bom dia! Estou indo se não vou chegar atrasada. —depositei um beijo no rosto de ambos.

— Boa aula filha, não quer comer nada primeiro? —meu pai pergunta.

— Eu compro algo quando tiver lá.

Assim que sai de casa dei outra verificada no horário, sete e meia e o ônibus está passando agora merda eu vou perdê-lo. Merda de celular que não desperta nunca.

— Ei! Para!! —gritei acenando para o motorista porém não obtive sucesso ele nem se quer me viu.— E agora?

Meu celular vibra no meu bolso, peguei-o rapidamente.

Will: Bom dia

Lilyant: Nada de bom eu perdi o ônibus!

Will: Onde você está?

Lilyant: Indo para a escola a pé.

Lilyant: Dá pra acreditar?

Bufei quando não recebi nenhuma resposta, guardei meu celular no bolso e comecei a andar rapidamente para não me atrasar ainda mais. Mas graça ao bom senhor Alec me perou na rua.

Chegando na escola, Alec seguiu para outra sala e eu para a de matemática, meus olhos percorreram a sala inteira a procura de Igor e nada. Hum estranho. Sentei na última cadeira dessa vez, as portas batem como de costume e não me dou o trabalho de saber quem seria já que só um idiota costuma fazer isso.

Depois de anotar o que eu teria que fazer, as aulas mudaram e agora eu iria ter química. Gosto de química das ações e reações das coisas. Sou muito curiosa na questão da ciência.

— Você disse que eu era repugnante quando você me julga só com uma olhar. —a voz de Adrian surge ao meu lado, meu coração disparou do nada e minhas mãos começaram a soar frio do nada. Limpei-as na roupa.

— Não julguei ninguém. —falo secamente.

— Garanto que deve me achar um mulherengo. —sorrio cinicamente.

— E você não é? —rebato colocando o jaleco branco. Me sinto uma medica.

— Não.

Virei para olhar-lo imediatamente após ouvir-lo. Ele abre um sorriso.

— Talvez um pouco.

— O que você quer? —pergunto enfim sem rodeios, Adrian se aproxima e eu recuo dois passos.

— Isso. —ele pega algo atrás de mim, quando notei era uma luneta enorme. Franzi o cenho.— Não estou dando em  cima de você então não se ache.

Fiquei sem reação, eu não tinha falado nada disso. Confusa eu Deixei o assunto de lado e me concentrei na aula experimental ou tentar também, só quero ir embora agora.

Depois que a aula acabou eu procurou Igor mas ele não tinha vindo hoje, Alec e eu seguimos como sempre até o refeitório. Enchemos nossas bandejas e nos sentamos na mesa.

— Como foi a aula? —perguntou ele.

— Interessante...

— Megan e Scarlett estão vindo na nossa direção ou é impressão minha? —balbiciou ele baixo, virei por alguns instante para olhar também.

Elas estão vindo.

— Oi querida... An...

— Lilyant. —falei colocando um pedaço de maçã na boca.

— Isso, então... —ela se senta ao meu lado cruzando suas pernas. — queremos te convidar para fazer parte das líderes de torcida, você é bonitinha e tem um corpo aceitável.

— Hã, animadora eu? —indaguei, Alec riu de mim baixinho e eu o fuzilei com o olhar.

— Sim, precisamos de alguém para substituir a Scarlett no jogo daqui um mês já que ela vai estar viajando!

Scarlett a olhou na hora, Alec e eu trocamos olhares indecisos.

— Eu vou? —perguntou a loira na hora, o que ta acontecendo aqui?

— Toma! Esse é o endereço da minha casa, esteja lá domingo a tarde para começar-mos os ensaios.

Ele me entrega um papel com o endereço dela e levanta sorrindo batendo seu salto agulha no chão, pisquei várias vezes tentando entender a coisa.

— Você vai?

— Mas é óbvio que não. Odeio líderes e sempre odiei.

Percorri um caminho curto até a academia de dança, no vestiário coloquei uma legg e uma camiseta branca simples. Segui para o salão espelhado me alongando escutando bad idea da ariana, muito ainda não chegaram na aula até agora estávamos em cinco pessoas e somos todos em trinta e cinco.

Comecei a me movimentar no ritmo da música lentamente, fazendo passos aleatórios enquanto eu girava. As outras meninas faziam o mesmo para aquecermos os corpos. Dorian ainda não havia chegado, os pares começaram a se formar e eu ainda continuava sozinha.

— Dorian ainda não chegou? —perguntou a professora, assenti. — bom meu filho pode aquecer com você em quanto ele não chega, tudo bem?

— Claro.

Não era uma boa idéia, já tive um desencontro totalmente desagradável com ele mais cedo.
Seu corpo surgiu no salão, enquanto eu esticava minhas pernas eu o olhava conversas com a mãe.

Ele estava usando um short azul de pano e uma regata cinza deixando seu corpo mais desprovido reparei agora a tatuagem em seu ombro que parecia se estender até seu peitoral, ele me olha pelo reflexo também quando se aproxima, eu estou sentada esticando meus braços enquanto ele se mantinha em pé atrás de mim.

— Quando quiser, madame. —disse em um tom irônico, revirei os olhos e estendi meus braços.

— Por favor.

Ele me levantou segurando meus braços, virei de frente para ele após ficar em pé. A professora colocou uma música mais lenta para encontrar-mos passos, depois de ouvir suas informações necessárias olhei para Adrian. Seus lábios estavam presos entre os dentes me causando uma sensação desconcertante, molhei meus lábios.

— Você não faz o tipo de quem dança. —falei colocando minha mão em seu peitoral como a professora havia falado, seu coração estava acelerado e eu sentia o calor em meus dedos novamente desconcertada.

— Já ouvi isso antes.

Ele diz frio, sua mão esquerda me segura pela cintura enquanto a outra segura meu braço parado eu seu peitoral me fazendo girar e ficar de costas colando meu corpo ao seu.

Deus... Estou sentindo algo duro tocar minha bunda, céus eu preciso de espaço. Forcei um passo a frente evitando o atrito que estava se formando, senti meu rosto queimar em constrangimento.

— Mas eu sou muito bom nisso.

— Me parece convencido.

Ele sorri por poucos segundos, inclinei meu corpo para a lateral do seu deslizando em seu corpo até o chão, Adrian desliza seus dedos por debaixo os meus braços lentamente deixando meu corpo arrepiado e uma onda de calor atingir minha nuca.

Seus dedos segundo as informações dadas pela professora passeiam sobre os fios de meu cabelo fazendo com que eu incline a cabeça deixando meu cabelo cair de lado e seu rosto aproximar da curva em meu pescoço, senti sua respiração chocar os pelos do meu ombro e o hálito de menta atingir meu rosto. Eu estou ofegando diante dele, meu Deus o que é isso?

FOR MEOnde histórias criam vida. Descubra agora