11.

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Adrian envolve seus braços atrás de sua cabeça de forma despojada se encostando na porta do banheiro, seus olhos desviam rapidamente dos meus. Umideci meus lábios sentindo o metálico de meu piercing.

Ele parecia estar se preparando para falar pois abre a boca e a fecha.

— Você não me deu muita escolha.

— Como assim eu não te dei muita escolha? —franzi o cenho desentendida.

— Na maioria das vezes que eu tentei falar com você na escola você sempre já vinha com quatro pedras e um tijolo pra cima de mim...

Eu solto uma risada baixa interrompendo-o de falar, isso realmente foi engraçado. Adrian me acompanha com uma sobrancelha arqueada.

— Isso não é motivo, você teve outras oportunidades...

— Tipo?

— Bom nas aulas de dança quando você substitui o Dorian ou quando sentou comigo no refeitório. — Adrian me encara desencostando da porta, seus lábios apertaram.— Por que não me contou, Adrian?!

Ele umidece seus lábios prendendo o inferior entre seus dentes perfeitamente brancos e alinhados.

— Sei lá, não achei que fosse tão importante...—Vira para mim coçando sua nuca— Na verdade não tem nenhuma importância.

Fico levemente boquiaberta, fechando meu punho.

— Não sei como um dia já fomos amigos. Só sendo uma criança sem noção naquele tempo pra eu ficar perto de você.

Refiro os olhos passando por ele, levemente jogo meus cabelos para o lado para aliviar o calor que subiu em meu corpo. Uma tentativa falha que eu estou usando muito jeans e couro. Fodase.

— Lily...

— Vai se ferrar seu arrogante de merda!

— Me des...

Interrompo

Impossível tentar conversar com alguém que de acha um Badboy incrível só porque é rico, as vadias dariam tudo pra tê-lo é um fudidamente lindo. Ele pode ser o que for mas pra mim não passa de um arrogante de merda, como todos esses otários que se acham os maiorais.

Meus pais já me aguardavam já no carro, depois de me despedir do pais de Adrian caminhei até o automóvel sentindo o peso curioso do olhar do mesmo.

Abri a porta do carro e a bati após entrar. Se ele acha que eu sou como essas sonsas ele está muito, mas muito enganado. Quer arrogância? Teremos arrogância.

— Então como foi conversar novamente com Adrian ? —minha minha mãe me tirando dos pensamentos propícios.

— Por que não me contaram que eu já o conhecia antes ?

— Oh, querida, pensávamos que já tinham lembrado um do outro.

Mordisco meu piercing na tentativa de amenizar a leve mágoa que sinto. É inacreditável que já tenhamos sidos amigos, não posso negar uma conexão estranha mas como ele pode ser tão ridículo assim?

— Não, na verdade eu não lembro dele e nem dos pais dele...

— Entende, você era muito nova naquela época.—revela meu pai, esboço frustação e cansaço.

— Quantos anos eu tinha?

— Acho que seis, Adrian é dois anos mais velho que você.

Espera eu tenho dezessete, Adrian tem dezenove? Mas como estamos na mesma sala?

— Então como posso não lembrar de alguém que é apenas dois anos mais velho que eu ?

Meus pais se olham entre sí apenas estigando minha dúvida sem resposta. Certamente à algo aí que não querem me falar.

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