(revisado ✔️)
{ S/n Harrington }
Era estranho voltar. Era estranho ver essas ruas e se lembrar da saudade que estava até poucos minutos latente em meu corpo, aquele sentimento não provado a tanto tempo. Tudo era novo e, ao mesmo tempo, antigo. Era como uma explosão de sentimentos confusos que iam do pé de meu estômago até a garganta. Era como um filme, um pesadelo, imagens distorcidas que me persegui aonde quer que eu fosse. Desde devorador de mentes até demogorgons e todos esses monstros que insistem em me assombrar.Mas a pior lembrança foi o laboratório, memórias de testes que meu cérebro tinha apagado de alguma maneira que vinham as vezes em sonhos ou até ao olhar para uma coca-cola. Eles haviam me achado, depois de tanto fugir, eles me recrutaram, e eu estava em um carro preto percorrendo a cidade. Olhava pela cidade vendo aquele destroco interno nas ruas calmas, poucos sabiam o que passavam naquelas esquinas calmas.
Tiro meu olhar vazios das ruas e volto para o homem em minha frente, seus cabelos brancos tiram uma parte da vista adiante, mesmo que eu soubesse para onde ia, ele dirigia o carro e me falava coisas como "Agora você está em casa." ou que estava com saudade e preocupado comigo, os quais eu já nem ligava.
Volto meu olhar para um bairro conhecido, os trailers onde ficava a casa de Max, havia uma com a luz aberta, de repente, vejo um rosto conhecido.
— Hopper. - sussuro e meus olhos brilham. Uma onda de nervoso corre em minhas pernas.
— O que-
Sem pensar muito, eu pulo do carro e corro em direção ao mais velho.
— Jim! - ele vira para mim e arregala os olhos.
— Oh merda. - leio seu lábios. Vejo o resto de todos os meus amigos sairem de um trailer, caramba que sentimento é esse.
Eu estava correndo para minha casa, estava correndo como não fazia a muito tempo, desde que eu e eleven fugimos do laboratório, desde que fugi com meus amigos, desde os último verão aqui com Mike e a corrida pelo campo entre risadas e beijos. Me jogo em cima de Hopper e me disponho a chorar. Eu não conseguia parar, eu balbuciava palavras entre grilos e gemidos de dor, eu guardei aquilo tempo demais.
— Calma, está tudo bem agora. - ele me apertava tentando me fazer segura.
Joyce e Eleven correm até mim e tentam me acalmar. Continuo ali um tempo apenas jogando tudo aquilo fora. De repente escuto um grito.
— S/n! - a voz do homem que eu mais odiava no momento se pronúncia. - Eleven! Minhas jóias.
— Não! - Eleven ergue a mão para o mais velho e o leva a vários metros de distância de nós.
Ela se dispõem a chorar e chega perto de mim, se ajoelha em frente a minha, segura meu rosto e cola nossas testas. Eu sinto sua energia, logo, alinhando fortemente as nossas e tranquilizando a gente.
— S/n...? - escuto uma voz familiar, uma voz tranquilizante de uma pessoa que eu tanto amava.
— Mike. - sussuro essa única palavra já me sentindo sem voz alguma. Ele corre até mim e me envolve em seus braços, me dando a paz a qual procurei nesses dois anos longe.
— Vamos para dentro, temos muito o que conversar. - Hopper suspira e todos entramos.
[...]
Após uma longa e esclarecedora conversa sobre tudo o que estava acontecendo - eu já não conseguia energia para usar meus poderes para transportar os pensamentos para todos - vários copos d'água e o homem de cabelos grisalhos sendo apontado uma arma enquanto amarrado em uma cadeira com uma corda voltando seu corpo, eu já estava mais calma.
O pessoal já estava espaçado pelo trailer, estavam bolando planos como colocar lona preta em volta das janelas e evitar atenção para nós, mas eu não prestava atenção, só conseguia olhar Mike e abraçá-lo o máximo que eu conseguia. Ele logo se levanta agarrando minha mão e me levando ao quarto, fechando a porta.
— Eu senti sua falta. - ele sorri e me abraça. - Eu senti sua falta todos os dias, porque você fugiu? - eu agarrava seu rosto calmamente com minhas mãos na esperança de secar suas lágrimas que disparavam pelo seu rosto rapidamente. - Eu vi a carta que você deixou, por que não falou comigo? Por que não disse que ia embora? - sua tristeza se convertia em raiva. Ele tira minhas mãos de seu rosto em um movimento um tanto brusco e caminha para o outro lado do quarto massageando sua boca.
— Me desculpe, meu amor. Eu senti sua falta todos os dias. Eu precisava ir, eu não podia ficar aqui sem ser feita como experimento, eles iam me achar, iam me achar e fazer coisas horríveis comigo. Eu precisei ir, e eu não podia arriscar vocês de saberem, mas eu lhe via, eu lhe vi o tempo todo durante esse tempo. - eu suspirava tentando conter mais lágrimas, enquanto ele me olhava com uma expressão chorosa e desviava o olhar de vez em quando - Eu via você, Eleven, Max, Lucas, Will, todos. Eu sei que foi difícil, me afastar de você também foi, foi difícil demais, mas eu tô aqui, não tem mais por que ficar longe de você. - me levanto da cama e me aproximo dele - Eu te amo, Mike. - a expressão dele se tranquiliza e ele vem ao meu encontro me abraçando fortemente.
— Eu te amo demais. - ele me beija - não fuja mais, fique comigo ou me leve, eu não pensarei duas vezes em ir. - sorrio com a frase do garoto certinho.
Em todo esse tempo, eu precisava daquilo, eu precisava voltar para ele, nada mais importava naquele momento, apenas o nosso amor.
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Foi isso, amores, curtinho, ms eu gostei.
Espero que tenham gostado!
©️ Todos os direitos reservados, não aceito nenhuma adaptação ou cópia desta obra.Com amor, lua.
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𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔 | s t r a n g e r t h i n g s & i t
Diversos𝐴𝑡𝑒 𝑎 𝑒𝑠𝑐𝑢𝑟𝑖𝑑𝑎𝑜 𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒 𝑡𝑒𝑚 𝑠𝑢𝑎 𝑏𝑒𝑙𝑒𝑧𝑎. NÃO ACEITO NENHUMA ADAPTAÇÃO OU CÓPIA DESTA OBRA ©️ se ver, denuncie! 𝐶𝑜𝑚 𝑎𝑚𝑜𝑟, 𝑙𝑢𝑎.