• OITO: FOGO E GELO

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- Me de a honra de uma dança? - olhei para Arthur o fuzilando com os olhos.

Eu estava conversando com Radassa a quase uma hora, falando sobre a França, sua capital costumes e jeitos.

--- Claro, Boneco.- digo irônica e vejo minha cunhada se afastar rindo da situação.

Ele me puxou para o centro, e novamente estava com a atenção presa em mim, em nós.

--- Vejo que gostou de Radassa.- observou enquanto começávamos uma dança leve.

Suas mãos segurava minha cintura e a outra a minha mão enquanto eu segurava seu ombro. Nosso corpos juntos mas não tão grudados se remexia bem juntos.

--- Sua irmã é adorável mas também muito perigosa.

Ele sorriu orgulho.

--- É a minha preferida.- confessou e eu assenti já sabendo o por que.

Arthur sorriu mais uma vez quando o silêncio reinou.

--- Obrigada por não ter explodido e ameaçado ninguém. - com toda certeza soltei uma gargalhada boa enquanto ele aproveitava para me rodopiar chamando a atenção de todos.

--- Nao irei deixar você cair tão facilmente, Futuro rei.

Ele sorriu de lado.

--- Por que acha que eu quero sua defesa, Futura rainha?

Arthur queria brincar na frente de todos, eu entendia sua tática.

--- Li uma vez, em algum livro importante mas que não me recordo o nome que nenhum homem deveria ter tanto poder na vida, senhor.- disse enquanto ele me guiava.

Ele me encarou pedindo para eu prosseguir.

--- Eles ficam tolos quando o poder sobe a mente.- disse por fim.- não vou deixar isso acontecer.

--- Vou repetir, Norueguesa.- falou brado como se eu tivesse desafiado seu ego.- Por que acha que eu queria sua defesa?

Nos encaramos por longos segundos.


-

-- Não o perguntei se queria. - o respondi.- não o acho um tolo, o acho inteligente e irresistível porém, é filho de Edmundo, seu país é movido a poder.

--- O seu ao amor.- falou e eu neguei.

--- Nunca foi sobre amor.- o corrigir.

Ele parecia surpreso com minha confissão e sorriu quando a música parou, quando achei que ele iria se afastar começamos a dançar mais uma vez.

--- Me responda, com toda certeza e sinceridade de todo os continentes, Futura rainha...- eu o olhei apreensiva.- entre amor e o poder ficaria com qual?

--- Me responda então, príncipe regente.. acha mesmo que a fumaça é resposta do fogo?

Ele agora colou nossos corpos e aproximou nossos rosto, aquilo foi euforia para mim, não estava preparada para aquilo não para todo aquele contato, ele me fazia perde alguns dos meus juízos e eu não sabia jogar bem quando minha atração mostrava mais do que devia.

Arthur Versilhes sabia.

--- É esperançosa Pérola, quer ser uma governante boa e trazer benefícios para o reino.- continuou quase em um sussurro e não tirou seus olhos do meu, dançávamos proximos demais.- É mais do que uma donzela em perigo ou uma rosa que fica guardada para nao estragar lá rápida. É ousada, divertida, inteligente e desafiadora.

--- Mas..?- o incentivei temendo aquele mais.

--- Nao tem mais, Marília. - aquilo fez eu perde o ar que me restava.

Ele testou meu segundo nome em seus lábios e eu acompanhei cada movimento deles. Como se fosse em câmera lenta.

--- Tu será uma boa rainha, uma rainha digna.- não o respondi mas sentir meu mundo ser destruído.- Mas nunca sera uma mulher honrada que alguém possa gostar.

Meus olhos de víbora o encarava com chamas. Ele havia me colocado no meu lugar e desta vez eu nem tinha saído dele. Maldito seja, Arthur Versilhes!

Eu o odeio ainda mais.

--- Eu não preciso da parte mulher, Eu quero apenas a Rainha.- ele continuou sustentando o olhar.- Não quero alguém que me proteja pois eu não preciso de proteção, quero apenas sua lealdade e que cumpra os seus deveres.

E no momento que ele achou que eu ia concorda ou surta eu dei uma longa gargalhada e a música parou no momento certo.

--- Majestade, Majestade...- falei em deboche e ri mais uma vez.- Você é tão inútil quanto sua mãe depois que seu pai morreu pode ser. Você acha que ela me trouxe por causa de um acordo? Não! Ela me trouxe por que ela sabia que eu Pérola Marília, era uma arma muito melhor do que o filho regente mimado e tedioso que tinha em casa!

Eu o vi furioso, em chamas e quase pegando fogo. Eu o vi transtornado por ele nunca ouviu uma verdade na vida e nunca foi desafiado, naquele momento eu pude ver o castelo de Arthur versilhes quase desmoronar e cair. Eu descobrir sua fraqueza, sua fraqueza era o ego. Teus olhos queimava em fúria e agora todos já prestavam atenção em nos dois.

--- Como você ousa...

--- Me perguntou se entre o amor ou o poder eu escolheria. - cheguei tão perto dele que quase encostamos os lábios um no outro.- Você sabe que eu escolheria o amor por mais que poder me cative, se eu pudesse. Pois, eu não amo mais ninguém nesse inferno. Se eu quizesse. Então, Arthur, Futuro rei e marido eu escolho mil vezes o poder do que amar alguém igual a você.

Ele era feito pelos deuses. Beleza tamanha não se via em qual quer lugar. Ele era admirável mesmo com tanta raiva e quase pegando fogo de tão vermelho que estava. Eu o tinha humilhado, ele se sentia assim, ele iria fazer pior mais a frente mas ali o momento era meu.

--- Você afirma com tanta certeza que eu sou uma serpente e um demônio em forma de mulher mas, é só estar perto de mim que perde o juízo e me deseja completamente. Você é tolo.

Eu nunca tinha falado que era boa, tao pouco Arthur sabia disso. Eu era um cobra, daquelas anaconda que estava preste a atacar ou engolir quem ousasse entrar em meu caminho mas eu tinha um problema, meu futuro marido era tão cruel e letal quanto eu, talvez mais, ele era uma víbora pronta para atacar.

Éramos parecidos.

Éramos , por isso eu sabia que ele no iria deixar barato. Mexi no seu ponto fraco então, ele iria tentar achar o meu.

Ambos causa queimadura e os dois tem as mesma vantagem e desvantagem, então saiba jogar.

COROA DE SANGUEOnde histórias criam vida. Descubra agora