Sentimentos confusos...

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Aurora

Depois de assumir o reinado do meu pai e unificar o reino Moors ao humano, tive que criar novas leis para protege-los de si próprios, foram anos de guerras algumas formas de pensar e agir levam tempo para serem modificadas. 

Para me auxiliar constitui conselheiros tanto humanos como Moors, e entre eles estava Malévola, ela tinha renunciado sua coroa afirmando que não queria mais responsabilidades, que o último encontro com meu pai a tinha quebrado demais.

Afirmou que como eu sou a junção dos dois mundos poderia reinar ambos, mas mesmo querendo se afastar da coroa eu não poderia permitir por completo, precisava de seus conselhos. Como ela quase nunca conseguia me dizer não, aceitou minha proposta. 

Com ajuda dos dois mundos, faríamos um reino melhor onde a magia e a "realidade" andariam juntas.

O príncipe Phillipe ainda não tinha partido, e em um determinado dia enquanto estávamos no jardim do castelo me perguntou se poderia ficar um tempo a mais. Ele estava encantado com tudo a sua volta e também queria me conhecer melhor, o sentimento era mutuo então permite que ele permanecesse conosco.

 Eu nunca tive um amigo da minha idade estava ansiosa com isso, as pessoas que convivi foram minhas três tias, Malévola, o corvo que depois descobri poder se transformar em humano chamado Diaval e os animais da floresta. 

Fui toda feliz contar a minha madrinha sobre as intenções de Phillipe, e por mais que disse apoiar a decisão vi uma leve sombra passar por seus olhos expressivos, mas antes de eu conseguir identificar o que era, tirou seu olhar de mim e apenas disse:
- Diga a ele que estou observado - se retirou dizendo que tinha que falar urgente com Diaval. 

Malevola sempre foi protetora, então achei seu comportamento normal, porém gostaria de ter identificado o que era aquela sombra no seu olhar.

Nós duas ainda não tínhamos sentado pra conversar sobre tudo que havia acontecido, a maldição, o que aconteceu entre ela e meu pai, sua proteção comigo desde bebê, o beijo de amor verdadeiro, no entanto Malévola me prometeu que quando possível essa conversa aconteceria. 

Antes do beijo eu percebia seu cuidado comigo e que se importava, porém quando me salvou tive certeza que era amor, será que ela me amava como minha mãe? Acho que sim! Não pode ser além disso certo? Certo! 

Desde que tudo se resolveu entre os reinos esses pensamentos rondam minha mente.

A maldição falava sobre o beijo de amor verdadeiro. Tem mais de um tipo de amor, mas em qual "dos" o nosso se encaixa? Amor entre mãe e filha? Mas porque ela levou Phillipe pra me beijar? Será que acreditava que tinha que ser um beijo trocado entre um casal? Se sim! eramos um casal? Se fosse qualquer amor o do meu pai ou das minhas tias serviriam certo? Certo! Mas porque só o seu serviu? 

Como eu disse...esses pensamentos não param de rondar minha mente, entretanto tento fixar que convivi com ela boa parte da minha vida, com certeza era amor maternal , se fosse alem disso o beijo seria em meus lábios. 

O mais engraçado é que não me traria confusão nenhuma se fosse assim, acho que estou enlouquecendo, minha fada madrinha era o meu beijo de amor verdadeiro e minha salvadora, porém isso significava que também era o meu amor verdadeiro?

A maldição que se tornou amorOnde histórias criam vida. Descubra agora