Vocês mataram minha mãe...

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"As palavras verdadeiras não são agradáveis e as agradáveis não são verdadeiras."

- Lao-Tsé

Boa tarde Girls...esse capitulo é um pouco triste, nem todos tem coragem de admitir seus erros e arcar com as consequências, porém Malévola está disposta a correr o risco contando o que está por vir, deixando Aurora decidir se vai ficar ou partir pois amar é isso! Dar escolhas e ser honesto.

Boa leitura.❤

Aurora

Quando Malévola me repreendeu pelo meu comportamento que fui cair em mim, eu estava sendo totalmente ridícula e infantil, ela realmente nunca tinha me dado motivos para achar que queria flertar com outra mulher. 

Agora o que me restava era tomar isso como lição e não me deixar dominar pelo ciúmes navamente, Malévola era minha assim como eu sou dela.

Retornei para sala e encontrei uma Eloise totalmente preocupada, minha culpa aumentou. Passei a aula só respondendo o necessário sem conseguir encarar minha professora, e quando terminou suspirei aliviada.

Em seguida me direcionei a sala do conselho onde teríamos mais uma reunião, os dois reinos estavam seguindo em paz e soube que havia uma minoria de seres mágicos se unindo em matrimônio com humanos, isso era maravilhoso pois significava que as velhas rixas estavam sendo deixadas para trás, e que meu casamento com uma fada não seria algo totalmente novo.

Malévola me avisou que se reuniria com algumas fadas e que chegaria um pouco mais tarde, como eu ainda estava me sentindo mal pelo ocorrido de mais cedo resolvi preparar algo para me desculpar.

Passei na cozinha do castelo solicitei todos tipos de doces, salgados e o melhor vinho, e fui de carruagem para casa da fada com um soldado para levar as coisas. Chegando lá, organizei tudo e em seguida fui tomar um banho e por uma roupa leve para aguarda-la.

Malévola

Assim que adentrei minha casa tomei um pequeno susto, Aurora estava com um vestido leve e tinha um tapete felpudo e grosso no chão com todos os tipos de comidas.

Ela sorriu para mim e em seguida ficou toda corada me abracando apertado e deixando um beijinho no meu pescoço. Como era bom estar dentro do abraço dela, ali era o meu lugar, a minha casa.

- Direto pro banho meu amor e depois venha para mim, o que esta vendo e minha oferta de paz... - informou ainda corada.

- Sou uma mulher muito sortuda mesmo... - murmurei e a beijei.

- Anda, anda, banho agora! - Falou sorrindo.

Tomei um banho demora e deixei meus pensamentos vagarem, hoje eu terminaria a estoria, e talvez perderia a minha rainha para sempre.

Retornei a sala e me sentei, ela veio para o meu colo com duas taças de vinho nas mãos.

- Hoje vou te alimentar meu amor, o que quer comer primeiro? - perguntou.

- Pode escolher meu bem, você quem manda. - Falei.

- Ótimo, adoro mandar... - Me olhou maliciosa e um pequeno sorriso se formou em seus lábios. - Garota atrevida pensei.

- Aura tenho um pedido a fazer... - falei baixo.

- Pode pedir amor...

- Vamos ficar só nesta taça de vinho? Preciso terminar de contar a estoria.

- Tudo bem amor... - me olhou atenta.

Aurora continuo a me alimentar e se alimentar, quis fazer uma brincadeira de me fazer adivinhar qual sabor de alguns doces os passando em seus lábios para eu prova-los, aceitei.

Porém quando percebi que estávamos satisfeitas e que as coisas podiam evoluir pedi para termos a conversa, a rainha pareceu nada satisfeita mas aceitou. 

Ela permaneceu em meu colo e esperou eu começar...

- Soube do seu batizado e que três fadas tinham sido solicitadas para te abençoar, nesse momento tive certeza que o momento de vingar tinha chegado, através de você eu faria seu pai pagar por tudo que tinha me causado. 

-Fui ao seu batizado e te  amaldiçoei, iria fazer a maldição ser irreversível porem Stefan se ajoelhou e implorou, então mudei para que o único beijo de amor verdadeiro pudesse te salvar.

- O rei tinha me ensinado que o beijo de amor verdadeiro não existia, então de certa forma nós dois sabíamos que iria dar no mesmo. - Eu estava contando com olhar distante, não conseguia encarar Aurora naquele momento.

- Fui embora satisfeita e feliz pelo que tinha feito, logo após soube que o objeto que serviria para te colocar em um sono profundo estava sendo queimado em todo o reino, para impedir que se cumprisse o que eu havia dito. 

- Diaval continuo a vigiar o rei para mim, e logo a noticia que você tinha sido tirado dos braços de sua mãe e enviada para um lugar que eu não pudesse te encontrar chegou aos meus ouvidos.

- Seu pai estava a beira da loucura, sua mãe tinha um marido totalmente dominado pela ganancia e ódio e perdido seu bem mais valioso, você, a unica satisfação tirada daquela união.

- Foi assim que ela entrou em uma profunda depressão e meses depois faleceu. Aurora se retirou imediatamente do meu colo, me olhou com horror.

O clima que esta totalmente leve entre nos, se tornou pesado. A rainha permaneceu me encarando com horror, até que disse: 

- Vocês mataram minha mãe...minhas tias tinham dito que ela pegou uma doença incurável e morreu, mas não, o ódio de vocês a mataram...

- O que nós duas tínhamos a ver Malévola? Olhe nos meus olhos e diga por favor... - seus olhos estavam começando a ficar úmidos e sua voz mais baixa.

- Meu amor... - Tentei me aproximar para conforta- la.

- Nãao... não se aproxime por favor, não consigo suportar seu toque. - Nesse momento a rainha já chorava desesperadamente.

- Ela era apenas filha de um rei e pela coroa casou com meu pai, mas nunca te fez mal, e... e eu, eu era apenas um bebê Malévola. - Comecei a chorar junto com ela.

- Eu era um bebê e precisava dela...eu precisava dela...

- Eu não tive uma mãe por causa de vocês... - chorava já quase sem folego, abafando os soluços com as mãos.

Com isso ela se retirou, tinha um cavalo que eu sempre deixava perto para alguma emergência, ela subiu nele e sumiu pela noite.

- Eu a perdi, eu sabia que isso aconteceria, eu a perdi de novo. - Falei para mim mesma aos prantos.





A maldição que se tornou amorOnde histórias criam vida. Descubra agora