A maldição que se tornou amor

O que posso te oferecer...

Boa tarde, desejo- lhes um bom domingo e uma boa leitura, espero que gostem beijinhos.

Malévola

Durante a reunião percebi que algo estava incomodando Aurora, ela estava totalmente desligada e pareceu não perceber os olhares preocupados que lhe direcionei, eu só conseguiria me tranquilizar quando soubesse o que aconteceu, perguntei o que se passava mas não quis me responder e pareceu estar aborrecida comigo, mesmo com isso não consegui manter minhas mãos sem toca-la e meus olhos de focar em seus lábios.

 A rainha também estava irredutível e insatisfeita por eu querer determinar o tempo da nossa conversa, vou deixa-la me sugerir algo, espero que ela não tenha percebido meu ciúmes como percebi seu beijo demorado.

O encontro entre ela e o príncipe aconteceria hoje, como tinha colocado Diaval para ser minhas "antenas" sabia a hora e onde seria, agora só me restava esperar.

Aurora

Minha impaciência não tinha diminuído, ainda bem que Phillipe escolheu permanecer pelo castelo, iriamos ao jardim.

Eloise ficou sentada em um dos bancos enquanto nós faríamos uma caminhada envolta do lago. Estávamos falando sobre coisas fúteis quando notei o príncipe ficar ansioso e dizer:

- Aurora preciso ser direto com você, minha permanecia aqui tem um objetivo. - Disse ele.

- Me conhecer melhor certo? - Perguntei.

- Sim, mas você sabe como quero te conhecer? - Perguntou com os olhos brilhando.

- Como amiga? - Questionei. - Não estava muito certa de onde ele queria chegar com essa conversa.

- Não minha rainha, quero corteja-la. - murmurou.

- Entendo... Phillipe assim como esta sendo objetivo comigo preciso fazer o mesmo, estou me certificar em relação aos meus sentimentos com alguém, por isso o que posso te oferecer no momento é minha amizade. - Falei meio sem jeito.

- Nossa, eu devia imaginar... aceito sua amizade, mas me avise se algo mudar, pretendo não desistir tão fácil. - Afirmou todo confiante. - Aquilo me fez sorrir.

- Eu avisarei. - Murmurei ainda sem jeito.

Tornamos a falar sobre coisas triviais pois ainda estávamos sem graça, e logo pedi para retornar aos meus aposentos precisava pensar sobre o que iria propor a Malévola.

Era por volta da meia-noite quando cheguei a ideia perfeita, como não conseguira esperar pelo amanhecer coloquei uma capa, celei meu cavalo e fui encontra-la. Chegando lá não precisei bater muito na porta, logo ela abriu com olhar chocado.

- O que faz por aqui rainha? Além de tudo desacompanhada? - Perguntou, me dando passagem para entrar.

- Sem formalidades por favor, pelo menos não aqui. Vim te fazer uma proposta! - Falei confiante.

- Sente-se por favor. - Pediu ela. - Me sentei e tirei o capuz de minha capa.

- Serei breve, todos os dias a esse horário virei aqui e deixarei você me contar até onde aguenta sobre o que aconteceu, mas em troca quero fazer um pedido ao finalizar. Um exemplo se conseguir me contar tudo dentro de 10 dias, serão 10 pedidos. - Disse firme.

- Não sei se posso concordar com isso. - murmurou ela.

- Sabe que me deve isso. - Falei com olhar suplicante. - Por falta dessa conversa estamos nos afastando, e sei que não é só eu que sinto que algo mudou.

- Tudo bem! Tudo bem! - Disse ela. - Mas irei te buscar e te levar, essa é minha condição.

Fiquei tão animada que pulei em seus braços, senti ela ficar rígida no começo mas logo relaxou.

- Agora que estamos combinadas irei te levar, não se preocupe com o cavalo hoje mesmo pedirei pra Diaval devolve-lo. - Me informou sem me soltar. - Agora vamos mocinha.

Permaneci em seus braços até que senti ela caminhar pra fora da casa e levantar voo, firmei meus braços em volta do seu pescoço e afundei meu rosto ali pra sentir seu perfume. 

Agora eu chegaria a raiz dos meus sentimentos e dos delas, pois a cada pedido iria testar nossos limites e reações.