KIM NAMJOON ODIAVA DESPEDIDAS.
Com certeza, essa não era uma particularidade. Todo mundo devia odiar dizer tchau pra alguém importante. Não que Taehyung fosse importante, ou algo assim. Só não gostava de ver o primo de mala e cuia, entrando dentro de um ônibus onde passaria horas e horas, sozinho, comendo porcaria na estrada.
Ah, porra, ele se importava demais. Toda vez que Taehyung ia embora, se sentia esquisito daquele jeito.
— Vou comprar um chá pra você levar, Taehyung-ah — disse o pai do Kim mais velho, talvez com o mesmo sentimento no peito. — O ônibus sai em 40 minuos, certo?
— Sim, tio — respondeu Tae, um tantinho cansado. Sungwon já havia perguntado o horário de partida do ônibus pelo menos 5 vezes, num espaço de quinze minutos. Então, o rapaz simplesmente concordou com a compra do chá, mesmo que não quisesse, pra que pudessem ficar em paz por dez minutos que fossem.
Quando o mais velho tinha se afastado, Taehyung soltou um suspiro longo e exagerado, que arrancou risadas de Namjoon.
— Ele tá um saco, Joon. Boa sorte. — Tae disse, pesaroso.
— E sem você, a tendência é piorar. — bufou o outro Kim, mexendo nas unhas. Aquele tinha sido um grande erro.
— Ah! Você admitiu que eu sou importante! Admitiu que me ama, Joon!
— Não viaja, Tae! — reclamou, mas estava sorrindo. — Você só é bom em distrair meu pai. — completou.
Taehyung fez aquela careta de aham, me engana que eu gosto e voltou a se calar.
Namjoon, receoso, tirou o celular do bolso. — Tae — chamou a atenção do mais novo. — Pega seu celular e... ativa o Bluetooth.
— Você vai me mandar pornô? — questionou o rapaz, fazendo o que lhe foi pedido. O outro revirou os olhos, acessando a pasta com as músicas que havia separado.
— Fiz uma coletânea de músicas... minhas. Pra você ouvir no caminho. — e coçou a nuca, desconfortável.
— Sério, Joon?! — o mais novo mal podia acreditar. Aquele ali era um passo importante, tanto na estima de Namjoon como na relação dos dois garotos.
— Sim. Mas você não pode mostrar pra ninguém. Promete? — questionou, agora erguendo os olhos para o moreno.
— Prometo. Obrigado, Joon! — correspondeu, se lançando pra mais um dos abraços calorosos que sempre fazia questão de compartilhar.
Quarenta minutos depois, Taehyung já estava dentro do ônibus, partindo de volta pra sua cidade. Deixando Namjoon e seu pai.
Em silêncio, retornaram à The Kimgs. Era estranho porque isso, Tae ir embora, geralmente significava que Namjoon estava "bem". Mas naquele momento, nada parecia exatamente bem.
Seu pai não era muito conversadeiro mas, certamente, não era uma múmia. E ele estava calado como uma, ali.
Sungwon abriu a loja, Namjoon subiu as escadas e se trancou no quarto. Tinha a estranha sensação de que sua mãe riria da cara deles se estivesse ali, mas ela não estava. Não tinha ninguém caloroso o suficiente pra derreter um filho que havia abdicado seus sentimentos e um pai que não sabia expressa-los.
Era tarde quando o Kim decidiu sair do seu exílio. A loja estava fechada e precisava tomar seu remédio, mas não é queria fazê-lo de estômago vazio. Então caminhou até a cozinha, colocou água no pote de rámen e esperou o microondas fazer seu trabalho.
Adorava comida apimentada, então trocara o molho vermelho e artificial por pasta de pimenta verdadeira, que tinha na geladeira. Mais Kimchi e um copo d'água; o jantar estava pronto. Silenciosamente alcançara os hashis, comendo devagar.
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bluequarantine {minjoon}
Fanfictionkim namjoon via park jimin como arte. no entanto, nem sempre a nossa percepção sobre uma peça é a realidade do autor. [minjoon-angst-shortfic]