Rúben
Após o final do filme, a Mafalda apagou a televisão e disse que preferia ir para o quarto. A ideia era vermos uma série ou um filme mesmo à nossa escolha no computador.
Estava apenas com a camisola vestida e com os boxers, pois não pensei, realmente, que ia ficar até tão tarde com ela.
Ou mesmo dormir em casa dela, pois já tinha a porta trancada e tudo apagado.
Estava encostado à almofada, semi-deitado, enquanto a Mafalda estava sentada a escolher o filme. Nada lhe chamava a atenção. Observava-a colocar o cabelo atrás da orelha e a mexer os dedos impacientemente a perna.
Podia jurar que havia tudo naquela cabeça, menos vontade de ficar deitada mais uma hora a ler legendas e a ver filmes. E na minha cabeça só a imaginava ao meu colo.
- Não encontro nada de jeito.
Suspirou frustrada, atirando os braços ao ar.
A minha vontade de lhe tocar falava mais alto, no momento em que me olhou, fiz sinal para se aproximar com o dedo.
O seu rosto ganhou uma ligeira cor, assim que começou a gatinhar na minha direção. A forma como me fixava, à medida que se aproximava, a minha mente desligou. Não queria ser racional, nem conter-me mais com ela.
Segurei delicadamente o seu braço, dando-lhe impulso para se sentar ao meu colo. Como não quis dar tempo para processar, ataquei os seus lábios com um beijo.
Em meros segundos, a morena deixou de estar tão tenda e beijava-me de volta.
Sentei-me com ela ao meu colo, sentindo as suas pernas enrolar na minha anca. A sua mão apertou suavemente o meu cabelo.
Levei os meus lábios para o seu pescoço, mantendo a mão na nuca dela, para que não se afastasse. Não queria partir aquele contacto tão intenso que estávamos a ter.
Voltei a beijar os seus lábios, levando as mãos à sua anca, apertando-a contra mim.
- Caralho Mafalda.
Arfei contra os seus lábios, quando a morena se empurrou mais contra mim, à medida que se ia deixando levar pelo meu toque.
E eu não conseguia esconder o efeito que ela tinha em mim. Quanto mais se mexia, mais me apetecia rasgar os meus boxers e tudo o que me impedia sentir a sua pele na minha.
Agarrei-a pelas costas, de modo a deita-la.
A morena deixou-me encaixado entre as suas pernas trémulas , esticando os braços para nos envolver num novo beijo.
Pressionava-me contra ela e fazia questão que sentisse os efeitos que tinha em mim. Quando a senti sem fôlego, afastei ligeiramente o nosso rosto e mostrei-lhe um sorriso.
A morena lambeu os lábios inchados. Pelo jeito que me observava... Sabia o que pensava. E era exatamente o mesmo que eu.
Queria tanto aperta-la contra mim, sentir pele com ele e deixá-la ofegante.
E esses pensamentos estavam a matar-me. Não deixei que pensasse por muito tempo, voltando a beija-la. Desta vez, com mais calma. Beijava o seu rosto e pescoço. Uma das minhas mãos nos lençóis e outra na sua anca.
Lentamente, deslizei a mão pela sua camisola e dei-lhe leves apertos na barriga. Ela perdeu-se um pouco no beijo, mas não me parou. Parecia ficar mais confortável.
- Rúben... Tu sabes... Nunca tive com ninguém, não sei o que esperar. - Sussurrou. - Não quero que te desiludas.
- Nunca me vais desiludir, não penses nisso, tu não fazes ideias do quanto te quero.
Sussurrei de volta.
A morena segurou o meu rosto, beijando suave os meus lábios. Mostrei-lhe um sorriso, dando-lhe coragem para continuar. Para sentir aquele conforto em todos os aspetos.
Senti-a a tomar iniciativa para um beijo, este que se intensificou num instante. Entrelaçava o seu corpo no meu.
Enquanto nos beijávamos, senti a sua mão no meu tronco. Ambas as mãos até. Sentia-as pelo meu abdómen e ancas. Até sentir deslizar pelos meus boxers. Abri os olhos durante o beijo, ao perceber as suas intenções.
Quis pará-la, mas não tinha como. Tudo em mim pedia pelo toque. Pelo alívio que me podia dar naquele instante e tanto precisava.
No seu tempo e adaptação, senti leves círculos e apertos por cima do tecido.
E o quão bem isso me sabia.