Rúben
Despertei com o som de um telemóvel.
Ao mexer-me na cama, senti-a vazia. Sentei-me na cama, habituando-me à luz. Comecei a ouvir o som do chuveiro.
Relembrava perfeitamente as suas palavras na noite anterior e depois de saber que a Mafalda podia ser ousada e sedutora, levantei-me num ápice e entrei na casa de banho.
Ouvia e cantarolava música do seu telemóvel, o que me agradava ainda mais.
Baixei os boxers e abri a porta do chuveiro. Os seus olhos arregalaram e as duas pernas quase falharam do susto que apanhou. Ela estava ali, totalmente nua. Apenas escondida pelo fumo a resultar do quente da água.
Fechei a porta atrás de mim, virando-a de costas de modo a encostá-la a mim. Beijei o seu rosto e o pescoço da morena.
- Bom dia bebé. - Sussurrei ao seu ouvido. As suas pernas tremeram novamente.
Pousei uma mão no fundo da sua barriga e outra entrelacei com a dela. Senti pressão feita pelas suas costas contra o meu peito, o que me levou a avançar um pouco mais.
Baixei os meus dedos, conhecendo a zona mais sensível do corpo da minha morena. Ela arfou e encostou-se ainda mais.
- Tu... És um aproveitador.
- Não te consigo resistir. - Sussurrei, sentindo o meu controlo a perder-se.
Dei-lhe a conhecer uma nova sensação. Ouvi-la arfar e gemer devido ao meu toque, deixava-me cheio de vontade de a encostar à parede e fazer tudo o que me passava pela cabeça. A pureza e a inocência, descontrolavam-me.
Aumentei as investidas e a morena tentava contorcer-se. Não a deixava, pois queria que se sentisse melhor que nunca. E sabia que o efeito estava a ser mesmo esse.
Ela virou-se para mim, atacando os meus lábios sem que tivesse à espera. Levou as mãos à minha cintura e tocou-me.
A Mafalda beijava-me com urgência, o que não esperava. Ou não estava preparado.
Podia estar ensonado, mas a forma como ela respondeu ao meu toque, acordaram-me numa fração de segundos. Encostei-a à parede, pouco me importava a calma e o controlo. Fui bruto e ela mordeu os meus lábios.
Levei novamente os dedos à sua zona, deixando-a cada vez mais vulnerável. Até que o seu corpo não aguentou mais. Abracei-a, assim que soltou um suspiro pesado.
Beijoquei o seu rosto várias vezes, até sentir as nossas respirações acalmar. O meu coração não acalmava, muito menos o dela.
- Rúben, tu assustas-me. Assusta-me quem sou e o que me fazes ser contigo.
- É quem és de verdade. E estás a descobrir.
A morena virou-se para mim, beijocando os meus lábios. Mostrou-me um sorriso carinhoso e encostou-a cabeça ao meu peito. Abracei-a e ali ficamos uns bons minutos.
- Confio tanto em ti Rúben, por favor não sejas uma mentira na minha vida.
- Como assim?
- Não sei. É demasiado bom. E sei lá, sabemos tantas coisas... Nunca se sabe. Por isso, não te tornes numa mentira.
- Mafalda, há algo que preciso de te contar. Sei que pode ajudar a sossegar o teu coração. Uma coisa que não gosto de falar. - Larguei-a. - Vou deixar-te tomar banho e vamos almoçar fora. E vou contar-te, ok?
- Ok... Deixaste-me preocupada.
- Não tens que te preocupar. Todos nós temos medos e receios. Faz parte. Mas confia em mim e acredita que não sou uma mentira. Conheces o meu temperamento.
- Eu sei. E também conheço este Rúben. O da noite anterior e o que tens sido neste mês. E és um Rúben que gosto imenso.
Mostrei-lhe um sorriso.
- Termina o banho e vamos almoçar. - Assentiu e eu sai do duche da morena.