Durante a madrugada

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Connor Mackenzie

  Duas semanas, duas longas e contubardas semanas se passaram. Melissa está sofrendo de estresse pós-traumatico e descobrimos isso a dois dias. Na verdade eu estava desconfiando desde o princípio, percebi que ela estava agindo muito mais estranho do que o previsto. São quatorze dias que ela não dorme direito e isso acaba me incluindo já que acordo com seus gritos, pesadelos incessantes e o medo de ficar sozinha era apenas o início do que eu achava ser normal.
   Ne um final de semana fomos ao shopping e só de um homem esbarrar nela na praça de alimentação, Melissa se desesperou e começou a gritar alto chamando a atenção de todos.  Uma simples compra no supermercado desencadeou um ataque de pânico, demorou alguns longos minutos até ela acreditar que estava tudo bem e que ela  não iria morrer.
  Todas as tentativas de tirar ela um pouco de casa falharam, uma crise de choro e logo em seguida uma crise de agressividade. Mas com muita insistência consegui leva-la até a médica da família.

Dois dias atrás

- Connor Mackenzie,  que felicidade em tê-lo aqui. Espero que seja apenas exames de rotina. _ela me deu dois beijos na bocheca como o de costume_

- Não é para mim._apontei para Melissa que estava com uma expressão cansada_

Depois de explicar tudo oque tinha acontecido, Kaila pediu alguns exames em Melissa.

- Tenho certeza que é estresse pós-traumatico, mas vamos fazer a confirmação. Como em todos os quadros de estresse, existem vários marcadores biológicos que podem ficar alterados e que são instrumentos auxiliares no diagnóstico de estresse pós-traumático. _ela olhou para Melissa com um olhar tranquilizador_  Vamos medir a dosagem do cortisol que é o hormônio do estresse, dos hormônios da hipófise, dos hormônios da tireoide, dos hormônios sexuais e vamos realizar também uma polissonigrafia que pode nos revelar as consequências do estresse pós-traumático no sono.

- Okay, podemos fazer isso agora?

- É claro, preciso saber se você está confortável com isso Melissa? _ela se direcionou á Melissa_

- S-sim.


Dias atuais..

- Nossa você está horrível.  _Mahara fala jogando a bolsa de Kaleo no sofá_

- Oque está fazendo aqui Mahara?_vejo minha mãe entrar sorrindo com Kai_ Pelos céus, oque estão fazendo aqui?

- Viemos por Melissa... _Mahara começa_

- Você sabe como sua irmã é insistente, vim por persistência. _mamãe completa_

- Ela não está em situação de passar estresse, os meninos estão chorando muito durante a madrugada e..

- Não se preocupe, vou cuidar para que eles não chorem durante a madrugada. _ela bate no peito e sorri_ Agora me mostre aonde está ela?

- Na cozinha, antes me dê o meu pinguinho aqui. _pego Kaleo e o encho de beijos_ O papai estava morrendo de saudades meu amor.

Me aproximo de minha mãe e pego o Kai com o braço livre, sinto o cheirinho de bebê que eu tanto amo. Porra, é o bendito cheiro dos meus filhos, os meus meninos. Não existe coisa mais fofa que esses dois chorões.
  Caminhamos até a cozinha e lá estava Melissa, sentada na varanda olhando na direção do bendito mirante. Ela usava um vestido branco com flores rosas e estava descalça, qualquer um diria que ela nasceu aqui no meu amado Havaí.

Connor MackenzieOnde histórias criam vida. Descubra agora