15º Capítulo

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EMMA DALLAS

Acordei como sempre muito cedo, senti os primeiros raios solares tocarem o rosto, aquilo, pela primeira vez, me irritou. Levantei com os cabelos desgrenhados e fechei a cortina sem nem olhar para o céu, tudo isso culpa do terremoto Luke Hemmings que sempre que aparecia bagunçava tudo em minha vida.

Tomei banho com muita má vontade me lembrando do jeito como ele gritou comigo, acho que o maior choque foi ele simplesmente ter gritado. Luke sempre me trata bem e ele ter me descartado daquela maneira...

Coloquei uma simples roupa, um short azul claro e um moletom cinza. Depois de pentear o cabelo e ir para o corredor, me deparo com a cena que me fez ficar ainda mais brava. Luke saía do quarto da minha irmã, com os cabelos bagunçados, olheiras e um cigarro na boca. Ele levou os dois dedos para o tubo, quando me viu, porém, paralisou com os olhos arregalados.

-Bom dia. - Eu disse com todo o meu sarcasmo.

Ele tirou o cigarro da boca e soltou a fumaça.

-Hoje tem racha, não é um bom dia. - Luke brincava com os cigarros nos dedos - E você vai.

Eu havia me esquecido da bendita corrida e respiro fundo.

-Eu cumpro minhas promessas, claro que eu vou.

Ele sorriu com o cigarro na boca e começou a levantá-lo para cima e para baixo nos dentes ao me medir. Eu odiava o jeito que ele parecia dar notas para cada parte do meu corpo e odiava ainda por parecer que ele dava dez em todas.

-Suas pernas...

-Elas são maravilhosas, tá, agora saia da minha casa. - Minha voz se elevou muito.

-Sua irmã que me convidou. - Ele sorriu sacana.

-Jura? E, pelo que eu posso ver, ela te deu a chave também. - Deduzi cruzando os braços.

-Sempre que você tá brava você cruza os braços. - Ele observou, revirei os olhos - E sim, me deu a chave.

-Espero que tenham se divertido bastante. - Sorri falsamente.

-Nos divertimos, mas seria ainda melhor se você estivesse lá. - Ele piscou jogando o cigarro no chão.

Meu sangue começou a pulsar de raiva.

          -Saia da minha casa, Hemmings, agora! - Gritei - E tire seu cigarro do chão.

          -Não precisa gritar, ruivinha.

          Ele abaixou-se, pegou o cigarro e sorriu para mim. Bufei ao vê-lo acendendo outro enquanto jogava o antigo no lixo.

          -Outro?

          -Preocupada com minha saúde?

          -Na verdade, torcendo pro seu vício te matar.

          Ele estava bem próximo de mim, por isso, quando ele riu, senti seu hálito de cigarro e menta. O empurrei quando ele beijou minha bochecha, isso só o fez rir e quase me bati por ter sentido meu rosto corar.

          -Até mais tarde.

          [...]

          No carro de Ryan, como sempre, estava eu ao seu lado e Mack com os braços em volta dos nossos bancos enquanto conversávamos. Ela estava com um vestido preto e eu usava apenas uma regata preta com um short e uma blusa quadriculada vermelha amarrada na cintura. Nada de mais, porém o mais aberto que eu já usei em uma racha.

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