5º Capítulo

85 12 5
                                    

Acordei junto com o sol e fui correndo vê-lo pela janela. Eu sempre via o nascer do sol, eu achava uma das coisas mais lindas do mundo. Ouvi passos no corredor e logo pensei ser minha mãe, sai do meu quarto e acompanhei o som até a cozinha. Mas aqueles passos não foram da minha mãe.

Luke estava lá, enfiado na geladeira. Ele estava sem camisa, com sua calça jeans preta e seus pés descalços. Quando ele sentiu minha presença e se virou, eu engoli em seco. Ok, ele era bonito, isso eu admitia, mas ele estava mais do que bonito. Seus cabelos estavam bagunçados, ele tinha olheiras, seus olhos estavam meio vermelhos e tudo isso meio que lhe dava um jeito sexy.

-Bom dia. - Ele disse sentando-se a mesa com um leite e uma tigela de cereais ao seu lado.

-Já se sentindo em casa, pelo que eu posso ver. - Comentei, tentando disfarçar minhas olhadas para o seu corpo.

-Sua irmã e seus pais disseram para eu me sentir em casa. - Ele deu de ombros, aparentemente com sono demais para respostas engraçadinhas.

-Por educação, eles não queriam dizer para você literalmente andar sem camisa pela casa e ir pegando leite. - Eu cruzei os braços.

Ele levantou os olhos para mim e, enquanto eu tentava disfarçar que estava olhando para o seu corpo, ele me media de cima em baixo sem a menor preocupação. Eu sabia que meus cabelos deveriam estar uma bagunça e minha camisola batia antes do meio das coxas. Senti meu rosto queimando quando ele sorriu para as minhas pernas.

-Cara, suas pernas são mesmo sensacionais. - Ele piscou para mim, ainda com o seu sorriso e começou a comer.

-Não estou ouvindo o seu tom de sarcasmo. - Eu estranhei, sentando-me na sua frente e pegando uma tigela com cereal.

-Estou com preguiça para ser sarcástico. Ele deu de ombros.

-Por que você acordou cedo? Geralmente sou a única maluca a acordar a essa hora em um sábado. - Comentei.

          -Tenho que sair daqui antes que seus pais acordem. - Ele me olhou, era engraçado o ver comendo cereal com colher, parecia uma criança.

          -Ah, você vai dar a famosa fugidinha? - Ele riu.

          -É, tipo isso aí. - Eu franzi a testa, ele falou normal, assim como riu normal - Que foi?

          -Perdão, eu só ouvi você falando sarcasmo ou um tom muito sério, nunca...

          -Normal?

          -É, basicamente.

          Ele deu de ombros, eu decidi aproveitar aquilo para dar continuidade a conversa.

          -Mas como você consegue? - Eu perguntei, ele me olhou.

          -Ser sempre tão lindo?

          -Não, não mesmo. - Ele riu de leve e eu o acompanhei - Como você consegue falar em um tom sarcástico assim? Eu digo que, além de inglês, espanhol e francês eu falo o fluente sarcasmo, mas o jeito como você fala não se compara em nada como eu falo.

          -Como assim? - Ele parecia com preguiça de pensar.

          -É como se você pudesse realmente falar uma língua chamada sarcasmo. Seu tom e jeito mudam.  - Eu comentei, ele levantou as sobrancelhas e sorriu.

Youngblood Onde histórias criam vida. Descubra agora