Levantei com a maior das preguiças e fui até janela. O sol estava começando a vir pela direita, transformando todo o azul do céu em laranja e amarelo. Respirei fundo quando um raio de sol tocou meu rosto e tirei uma foto. No meu celular havia milhares de fotos do céu e de seus componentes , sol, lua, estrelas e até os planetas e galáxias, eu tinha essa imensa obsessão.
-Emma, o café está pronto. - Minha mãe Mary gritou.
Ela e meu pai, James, já estavam dormindo quando eu cheguei. Minha irmã não estava em casa, para variar. Eu havia ido direto para cama e, infelizmente, não tinha conseguido tirar Luke Hemmings da minha cabeça.
Vesti uma calça jeans , a blusa polo vermelha da escola que era o uniforme e meu Vans vermelho. Gostaria que as escolas da Austrália fossem que nem as dos Estados Unidos, sem uniforme para as escolas. Desci as escadas e sentei-me à mesa.
-Bom dia, flor do dia. - Meu pai disse.
-Bom dia. - Eu respondi.
-Foi legal ontem com a Mack? - Minha mãe perguntou colocando o leite no café.
-Sim. - Eu disse.
-Aposto que viram muitos filmes do Nicholas Sparks e foram dormir as oito, não é?
Mia, minha irmã um ano mais velha, sentou-se a minha frente. Ela havia pintado os cabelos ruivos de preto e cobria sempre que podia suas sardas, só gostava do olhos verdes iguais aos meus. Ela era a famosa "ovelha negra" da família, saía e voltava a hora que queria , bebia, fumava e tinha tatuagens. Claro, meus pais não sabiam. Ou fingiam não saber.
-Você sempre fala como se eu fosse fã do Nicholas Sparks , quando você sabe que eu gosto dos filmes, mas odeio o fato de ele sempre colocar uma morte para fazer drama . - Eu disse - Há outras formas de se fazer drama sem ser com morte de câncer.
-Tá, tá. - Ela revirou os olhos, um hábito que ambas compartilhávamos - Não se exalte maninha.
-Não me chame de maninha. - Eu digo trincando os dentes.
-Te chamo do que eu quiser.
-Não chama não.
-Meninas! - Meu pai disse - chega.
Continuei comendo a perfurando com os olhos. Não gostava dela e ela não gostava de mim. Ela só era um ano mais velha e se achava a madura, quando não percebia que sua atitude "punk" e "não ligo para nada" era só uma clara evidência de sua insegurança.
Eu havia dito isso para ela um dia, Mia me bateu. Eu bati nela. E ambas saímos com olhos roxos. Ela tinha inveja de mim, eu sabia disso, talvez seja por isso que ela colocava Slipknot no volume máximo bem na hora que eu ia dormir.
-Mia , você tem prova hoje, certo? - Minha mãe tentou uma conversa com ela, não daria certo.
-Uhum. - Ela murmurou.
-Estudou?
-Não.
Minha mãe bufou.
-Você nunca vai passar para a faculdade desse jeito.
-Eu tenho dezessete anos , eu sei administrar minha vida , muito obrigada, Mary. - Mia disse seca, ela nunca chamava meus pais de "pai" ou "mãe".
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Youngblood
RomansaA menina com cabelos cor de fogo sempre teve uma vida normal, até ele entrar em sua vida. O tal corredor de rachas que possuía uma péssima fama a intrigou não de forma boa, assim como ele a via como um divertido jogo. Então, as coisas começaram a fu...