Capítulo 9- Lute ou morra.

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"Para seguirmos os relatos desses livros e explorarmos toda grandiosidade e mistérios que cercam nosso mundo, antes teremos que começar do princípio.
Desvendar a história que deu origem ao nosso mundo é de suma importância, pois é a base para estudarmos como nossa natureza chegou ao seu estado atual.

Não há um modo racional de relatar como a vida ou até mesmo todo nosso mundo veio a existir, porém um elemento claro para todos é a chamada origem do ser humano, a forma de vida mais racional e política existente, que mais pra frente iremos explorar como fonte de todas outras formas de vida racionais que dividem em comum, seja características físicas ou psicológicas.

Primeiro partimos de um pensamento religioso e básico de que os primeiros homens não tinham obviamente as mesmas limitações dos humanos de hoje, os ancestrais, por assim dizer, dividiam a terra com elementos mágicos e sobrenaturais que há muito tempo não dividem mais o mundo conosco. Eram esse elementos formas de vida, ou até poderes místicos que circulavam na terra livremente antes da queda do homem. Os ancestrais descenderam dos dragões, os imperadores da realidade, que formaram a vida a partir de fogo e magia que circulava em seus corpos. Esse seres certo dia decidiram dar origem a uma forma de vida completamente nova, que dividiria com eles poder e conhecimento.
Os ancestrais.

Como todo animal ou ser, os ancestrais possuíam uma necessidade básica; expandir. Mas diferente dos seres irracionais eles necessitavam de evolução. Os primeiros homens deram origem aos descendentes, filhos e herdeiros que construíram as primeiras civilizações e coroaram seus pais como reis. Os ancestrais construíram junto de seus filhos a primeira visão de mundo, uma sociedade unida que dividia espaço com todo tipo de forma de vida, compartilhando poder com seres misticos em completa harmonia.

Como tudo no universo, até a paz e bondade possui um contraponto, o equilíbrio entre bem e mal é o que moldou o universo, é o que deu origem a vida, a necessidade desse eterno embate. As sombras e escuridão se esconderam a vista, e pouco a pouco consumiram a mente dos homens, dando início a sua queda. Seres que antes viviam em paz e sem malícia, abriram os olhos para toda maldade e escuridão que cercava o mundo, suas mentes foram poluídas com planos malignos e onde antes havia harmonia, só houve guerra. Os homens utilizaram da conexão que tinham com a natureza para se atacarem, iniciarem uma guerra uns com os outros. A ambição os levou a idéias profanas; destronar aqueles que antes os deram origem, e tomar para si o poder. Os ancestrais que conseguiram escapar da chacina que seus filhos fizeram, subiram em Imparo, o grande dragão deus, que cobria os céus e o mar em sua era de glória. O dragão rasgou as nuvens, atravessando essa realidade até alcançar um plano astral, onde com seu próprio corpo ele construiu um abrigo para seus primeiros filhos. Os ancestrais tomaram como sua responsabilidade cuidar de todo poder que ocupava a terra. Tiraram da mão dos homens corrompidos sua conexão com a magia e com os seres místicos, os deixou fracos, para definharem sem poder.

Quando os homens antes malignos morreram, os ancestrais decidiram que dividir um poder tão grande a vista do mal não era uma boa ideia. Eles esconderam tal energia em seu palácio elevado, e decidiram controla-lo, o dando apenas para aqueles que consideravam de bom coração, para se destacarem entre os mais fracos, e serem coroados reis e protetores daqueles que não podiam. Com o tempo, os humanos restantes esqueceram da existência dos ancestrais, e o que fizeram por eles. Seus atos foram silenciosos e até certo tempo, os homens seguiram sozinhos, construindo seu próprio Império na terra[...]"

Peter olhou para o céu azul ainda com o livro aberto em seu colo, apertando as olhos e com a mão na testa, tentando cobrir a luz do sol que batia em seu rosto. O garoto ainda ouvia os barulhos escandaloso que antes o tiraram da leitura. Rugidos distantes, como um grito animal potente assim como berros humanos, mas não de desespero, e sim de empolgação. Quando olhou o céu límpido iluminado, pode ver uma gigantesca sombra passando pelas nuvens brancas, em uma velocidade estupenda, que ele não pode nem acompanhar. O sol estridente que batia no campo litorâneo, o impediu de ver o que era aquilo que passava pelos céus, porém ele jurava que era mais um dragão que povoava aquele mundo fantástico.

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