Capítulo 13- Madame Azul.

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Armarko

A noite já caia sobre os reinos quando o odor de podridão correu por toda extensão daquelas terras obscuras

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A noite já caia sobre os reinos quando o odor de podridão correu por toda extensão daquelas terras obscuras. Armarko era uma terra infértil, coberta por musgo e pela água negra que corria pelo pântano. O solo naquela região era muito úmido para plantações, e as únicas coisas que cresciam por lá eram árvores deformadas e plantas medicinais de efeitos avassaladores.

Por muitos anos os povoados que dominaram aquela região viveram em paz com as formas de vida selvagem que habitavam aquelas terras, desde o começo das Eras. Os monstros que viviam naquele território se aproveitavam do ambiente fúnebre e sombrio para sobreviver, e se alimentar do que caminhava pela escuridão. A região pantanosa se encerrava apenas nas regiões montanhosas, que eram cobertas ainda pela vegetação invasiva, cobrindo o solo rochoso com um tom verde musgo. Até mesmo sobre a luz do sol mais forte, Armarko ainda parecia viver em escuridão, sempre com um ar denso noturno.

No grande castelo negro, em meio as poderosas rochas pontiagudas, a base da ordem Atheia se estabelecia. Na frente da fortaleza se instalava um gigantesco acampamento, onde cabanas e tendas militares acolhiam os soldados que serviam as doutrinas do declarado Rei livre.

Kylown se recolhia em seu grande salão. O homem trajava sua poderosa armadura negra do surgir do sol até o cari da noite, sempre cobrindo sua face atrás de sua mascara de metal. Seu corpo musculoso se mantinha escondido atrás das camadas de aço, e encaixado em seu elmo estava sua exuberante coroa. O ornamento era feito de puro ouro, um material cintilante e majestoso, com minuciosos e belíssimos detalhes talhados no metal. No topo havia o desenho de dois dragões, se encarando com seus olhos construídos com pequenos rubis.

Kylown encarava o grosso livro posto no centro de pedra, concentrando todos seus pensamentos a simples presença do artefato. O livro era um obra sem dúvidas de estimado valor. Mesmo sendo claramente antigo, as palavras contidas em suas páginas eram de suma importância, sendo considerado um dos artefatos mais valiosos na história de Dregens, tanto religiosamente quando politicamente. O livro era o primeiro manuscrito de Olury Fallow, o fundador do primeiro conselho real, que comandou a primeira Era política de Dregens, com o consentimento dos deuses. Olury registrou naquela obra a mais estimada visão de mundo, uma base seguida por séculos, por toda formação política que comandou aquele continente.

O arauto de Kylown estava posto ao seu lado, encolhido como um animal reprimido, contendo sua respiração defeituosa afim de não perturbar a concentração de seu mestre. Kylown estava a longos minutos observando o material em sua frente, apenas preenchendo o local com sua respiração, sem ao menos proferir uma única palavra, e ainda assim permanecia como uma imagem ameaçadora. Repentinamente o homem se move, despertando a atenção do emissário com o som das placas de metal de sua armadura se tocando durante seus movimentos.

— Onde a encontraram?– A poderosa voz de Kylown se propagou por todo salão vazio. Um tom grave que traria ao coração de qualquer homem um sentimento de ameaça.

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