Capítulo 10- As ruinas do novo mundo.

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"O que é poder? Desde o início dos tempos poder é definido como força, domínio sobre o oposto. Porém a definição correta que mais se encaixa no conceito da existência do Império, é de que o poder se trata de uma probabilidade, uma força matemática, uma chance entre inúmeras para uma vitória.

Seguindo isso podemos dizer que a influência dos ancestrais atualmente é nada mais que modificar e manipular essa conta, contornar as chances ao oponente mais temente e digno.

Mas o que seria ser digno? Bem após a queda dos homens, o mundo estava rodeado por trevas, um força imparável e intangível com o único propósito de destruição e corrupção. Na visão Imperialista, ser digno se trata da probabilidade de que um ser teria para equilibrar a balança, para colaborar com a expurgação daquilo que serve os propósitos das trevas. Assim que o ser se prova digno de fazer uma real diferença, suas chances de vitória são aumentadas, de acordo com a potência de sua crença em seu propósito. No fim tudo se trata de um simples ato. Acreditar![...]"

Peter se levantou lentamente, com a bochecha ainda suja de terra após sua queda no solo vegetativo da floresta

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Peter se levantou lentamente, com a bochecha ainda suja de terra após sua queda no solo vegetativo da floresta. O garoto se apoiou em seus joelhos e recuperou o fôlego calmamente, enquanto uma gota de suor descia por sua têmpora. Peter apertou a mão no cabo da espada, se enchendo de determinação e vontade antes de pegar impulso e se levantar novamente. O jovem se pôs de pé, dando saltinhos de aquecimento enquanto mantinha o ritmo na respiração.

Arranor estava de pé em sua frente, girando a longa espada em sua mão, com um expressão de exaustão e desdenho, estampada em seu rosto ao permanecer desatento, esperando Peter se recuperar.

Haviam se passado já 2 dias de viagem. Peter e Arranor haviam iniciado seus treinamentos nos últimos dias, e aproveitavam a empolgação do amanhecer para se aquecerem e treinarem suas técnicas de combate. Peter depositou um genuíno esforço nos primeiros dias. Lutava com determinação e já considerava uma vitória ter aprendido tão bem a lidar com aquele poder que acabara de descobrir.

Arranor não era piedoso. Seus ataques eram pesados, firmes e potentes contra a inexperiência do garoto. Se não fosse pelo olho de demônio Peter definitivamente nunca iria conseguir manter um duelo com o arqueiro. Porém Peter admitia que mesmo com seu poder sua vitória nunca era totalmente certa. Quando empenhado, Arranor conseguia humilhar Peter facilmente com seus movimentos. O arqueiro mantinha uma posição firme sempre que treinavam, desviava de seus ataques com facilidade e suavidade, fugindo do trajeto de sua lâmina apenas com movimentos simples. Arranor tinha tanto prazer em subjugar a experiência do garoto que sempre mantinha uma de suas mãos nas costas, e parecia constantemente não usar 100% de suas habilidades, e sempre estampava em seu rosto um sorriso ladino quando o garoto caia no chão, após ele derruba-lo com golpes inofensivos.

Era muito comum ouvir pela floresta os gemidos de Peter, que toda manhã despencava no chão durante os treinos, derrubado inúmeras vezes com facilidade pelo arqueiro.

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