I DARE YOU • Fred Weasley

ten

10. Margaridas, Tulipas e Begônias

Faltando apenas um mês para a última tarefa do Torneio Tribruxo, Phoebe estava sentada ao lado de Hanna, na aula de Poções, e pela primeira vez na vida, não estava fazendo a poção e muito menos prestando atenção na aula.

Não conseguia tirar de sua cabeça a última vez que havia falado com Fred, quando ela disse que o odiava. O Weasley não corria mais atrás dela, nem ao menos tentava a cumprimentar como antes, e o que George havia falado, sobre as chances de ele se apaixonar por outra garota, fazia seu estômago revirar. Sabia que não o odiava, não de verdade, e o que mais queria, era que ele tentasse mais uma vez, e tinha certeza que cederia, muito tempo havia se passado, e Phoebe não sabia se conseguiria ficar mais um minuto longe de Fred.

Diante de todos esses pensamentos começou a escrever em seu pergaminho um poema, não sabia de onde tinha tirado a ideia, mas aquilo estava a ajudando com seus sentimentos. Por azar, o professor percebeu que ela não estava fazendo o que mandou.

— Srta. Nott, posso saber o que tanto te intriga para não estar fazendo o que mandei?

— Estou anotando os ingredientes da poção, Professor Snape.

— Ah claro, deve ser por isso que Rosier está fazendo a poção sozinha. Você não está prestando atenção desde o começo da aula, o que tanto escreve nesses pergaminhos?

— Um poema... — respondeu como um sussurro.

— Um poema? Bom, se é mais importante que minha aula, que tal você ler para a classe?

Phoebe arregalou os olhos e prendeu a respiração, não estava acreditando que Snape a faria passar por isso. Ele nunca foi com a cara dela, mesmo sendo aluna da Sonserina, vivia dizendo que ela era tão mal educada quanto seu pai. Essa marcação que o professor tinha com ela, não era igual a que tinha com o Potter, como todos em Hogwarts sabiam, mas era uma marcação insuportável.

— Não vou ler para a classe, é um assunto meu, e é íntimo.

— Não estou pedindo, estou mandando! Leia, ou tirarei cinquenta pontos da Sonserina! — Snape disse, enfurecido.

— Lê logo essa droga, Nott! Já não basta você ter perdido trinta pontos, vai perder mais cinquenta? — Joey Bulstrode gritou.

Phoebe bufou e se levantou, não acreditando que Snape tinha tanta marcação com ela, que tiraria pontos da própria casa que ele era diretor. Olhou para Fred do outro lado da sala, respirou fundo e começou a ler:

— Eu odeio o jeito que você fala comigo,
e eu odeio o jeito que você corta seu cabelo.
Eu odeio o jeito que você brinca com tudo.
Eu odeio quando você encara.
Eu odeio seu cheiro de menta com chocolate
e o jeito que você lê minha mente.
Eu te odeio tanto, que me faz ficar doente,
e até me faz rimar.
Eu odeio que você está sempre certo.
Eu odeio quando você mente.
Eu odeio quando você me faz rir,
até mais quando você me faz chorar.
Eu odeio quando você não está por perto,
e o fato de você não me procurar...
Mas ainda por cima eu odeio que eu não te odeio,
Nem perto,
Nem mesmo um pouco,
De jeito nenhum.

Há essa altura, os olhos de Phoebe já estavam cheios de lágrimas. Fred a encarava totalmente surpreso. O clima na sala de aula ficou pesado, até Snape a olhava com estranheza, se fosse qualquer professor diria que era um olhar de pena. Phoebe pegou todo o seu material e saiu às pressas da sala, apenas escutando Snape gritar "volte aqui Nott!".

Estava morrendo de vergonha, o poema era uma coisa apenas dela, e teve de ler na frente de Fred, o alvo do poema. Sentia raiva de si, mesmo com tudo que ele havia feito, ainda sentia falta dele. A única coisa que queria era fingir para ela mesma que não precisava dele, mas era impossível, principalmente quando lembrava do sabor de seus lábios.

Aproveitando que já estava nas masmorras, pensou em ir até seu dormitório, Poções era o último tempo do dia, então não teria mais aulas, podendo ir tranquila para lá. Mas antes mesmo que chegasse, alguém a puxou, a virando para trás.

Era Fred, e ele estava com um buquê de rosas nas mãos, que ele havia conjurado assim que saiu correndo da sala de Snape. Fred não iria mais atrás de Phoebe, ele prometeu a si mesmo, mas prometeu também que se ela desse qualquer brecha, iria atrás. Ele não podia evitar, estava desesperado para se aproximar novamente, e enquanto escutava Phoebe ler o poema, que obviamente era para ele, sentiu uma pequena esperança surgindo aos poucos.

— É pra mim? — perguntou, tudo dizia que ela deveria ir embora, mas ela só queria ficar.

— É, estou tentando me desculpar a qualquer custo, meu irmão me desafiou a sair com uma garota sensacional.

— Ah, é?

— Sim, mas eu estraguei tudo. Me apaixonei por ela.

— Sério?

— É difícil encontrar uma garota que quebra seu nariz e mesmo assim você pensa nela desde quando acorda até quando vai dormir.

— Ai, não! — falou rindo, lembrando que realmente tinha quebrado o nariz dele.

Fred sorriu, acariciou o cabelo loiro e a puxou para um beijo. Ela se separou rapidamente e ele a olhou confuso.

— Você não pode me dar rosas toda vez que fizer besteira!

— Eu sei. Mas ainda restam margaridas, tulipas, e talvez um dia, begônias.

Ela sorriu e o olhou com as sobrancelhas arqueadas, logo o puxando para um beijo. Sentiu novamente aquela sensação que só havia sentido com Fred. Talvez tenha sido boba de ter aceitado uma desculpa tão mixuruca, mas se ficasse mais um dia longe de Fred, provavelmente surtaria. Ela precisava dele, assim como ele precisava dela.

Tirei o poema de 10 coisas que eu odeio em você, mudando só umas três frases, pq como disse no começo da fic, eu me inspirei no filme pra fazer essa parte um, mas foi a última coisa que me inspirei do filme, espero que vocês tenham gostado kkk.
Obrigada por tudo, no capítulo anterior eu tinha acabado de chegar em 3K e agora já chegou em 4K, to tão feliz que decidi postar dois capítulos de uma vez ❤️