14 - Teorias

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A volta para casa foi tensa e silenciosa

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A volta para casa foi tensa e silenciosa. Enquanto minha mãe dirigia, meu pai ficou no banco do carona olhando para trás de minuto em minuto. O olhar dele não era nada amigável, mas eu não dei a mínima para o que ele podia estar pensando sobre mim.
Minha paciência não estava nos melhores dias e eu ainda me sentia cansado.

Assim que chegamos em casa, meu pai e meu irmão subiram para seus quartos enquanto minha mãe me acompanhou até a cozinha. Eu estava com fome e ela se prontificou a preparar um lanche antes de subirmos para descansar.

— Eu posso fazer sozinho, mãe — falei antes de bocejar.

— O médico recomendou repouso absoluto, Klay — disse ela antes de beijar minha testa e abrir a geladeira para pegar o que ia cozinhar.

— Eu já me sinto melhor, sério.

— E fico feliz em saber, mas não quero que você se esforce.

Eu me sentia melhor, mas meu corpo ainda estava cansado, pesado e com algumas juntas doloridas. Eu estava sonolento, um pouco tonto e, mesmo com fome, com preguiça até de comer.

— Que rapaz educado aquele seu colega da faculdade, não é?

— O Pete?

— O rapaz mestiço, sim!

Lembrar do Pete me fez sorrir.
Minha mãe percebeu o sorriso e o retribuiu. Desviei meu olhar e voltei a ficar sério para não levantar suspeitas sobre aquilo que nem eu mesmo ainda entendia.

— Você foi até aquela estação de metrô com ele ou vocês se encontraram por acaso?

— Eu acho que já disse que nos encontramos por acaso, mãe.

— É que foi muita sorte alguém conhecido ter te encontrado quando você passou mal. Klay, você ficou desacordado por horas e, se não fosse o seu colega, não sei o que poderia ter acontecido.

— Sim, muita sorte — murmurei tentando mascarar a ironia.

Quando minha mãe terminou as panquecas com morangos e me serviu um copo grande de leite, lembrei de uma coisa muito importante que eu precisava fazer o quanto antes.

Contra o Decesso (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora