E lá estávamos...
Os hamburgueres já haviam chegado com as fritas e o milk-shake. A lanchonete não era a mesma do sonho, mas não deixava de ser curioso o fato de eu ter acertado onde encontraria com Pete mais uma vez.
Quando ele foi me buscar, falamos da minha faculdade e de como eu odeio estudar direito durante boa parte do trajeto até a lanchonete. Depois, Pete falou um pouco mais sobre seus irmãos mais novos, sua mãe e a família que ele tem em Nova Iorque e fora do país.
Entramos na lanchonete, fizemos os pedidos, recebemos nossos lanches, começamos a comer e, desde então, um silêncio constrangedor pairou sobre nós.
Eu estava com medo de alguma coisa além da compreensão. Não era igual aqueles medos que eu tinha quando sabia que alguma coisa de ruim ia acontecer. Era diferente. Eu sentia um frio na barriga, arrepios frequentes nos ombros e até dificuldade motora para comer o hamburger.
Era surreal."Você gostou de mim, né?" ecoou a frase que Pete tinha dito em meu sonho em minha cabeça.
— O que?! — exclamei por impulso.
— O que foi? — questionou Pete enquanto comia. — Disse alguma coisa?
— Não — murmurei quase engasgando.
— Eu amo hamburger com bacon, sério! — falou Pete antes de voltar a devorar o lanche.
Eu não fazia ideia de como era estranho sentir atração por uma pessoa. Nos sentimos encurralados, nervosos, ansiosos e uma série de outras coisas ao mesmo tempo. É como descer de bicicleta em uma ladeira em alta velocidade, mas intensificando a adrenalina quatro vezes mais.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contra o Decesso (Romance Gay)
RomanceApós anos desenvolvendo naturalmente a habilidade de ter sonhos lúcidos, Klay Nivans começa a ter sonhos premonitórios envolvendo acidentes fatais sempre com a mesma vítima: o jovem e atraente Pete Praves. Enquanto Klay impede a morte e conhece a vi...