Após anos desenvolvendo naturalmente a habilidade de ter sonhos lúcidos, Klay Nivans começa a ter sonhos premonitórios envolvendo acidentes fatais sempre com a mesma vítima: o jovem e atraente Pete Praves. Enquanto Klay impede a morte e conhece a vi...
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Perdi a conta de quantos livros eu li sobre religiões, adivinhações, sonhos e misticismo durante toda a viagem com o Pete. Acredito que parte de toda essa pesquisa e conhecimento contribuíram para que eu conseguisse ter minha primeira premonição acordado naquele hotel de Manhattan. De qualquer forma não foi o suficiente, pois eu não conseguia ter visões toda a vez que eu quisesse.
Durante boa parte do dia seguinte que cheguei de viagem, fiquei em meu quarto me concentrando e tentando ter alguma visão do que estava por vir. Pensei no Pete, na minha família e até em meus ex colegas de faculdade, mas não consegui prever nada. Eu não me sentia bloqueado e nem pressionado a ter visões, mas elas não vinham. Se eu conseguisse controla-las, eu estaria um passo mais próximo de alcançar meu objetivo.
Depois do almoço, recebi a ligação do Pete informando que teria o resto da semana livre e que podíamos aproveita-la antes que ele se tornasse novamente responsável por seus irmãos mais novos. Enquanto conversávamos, foi impossível não perceber o quanto ele estava estranho, distraído, abatido e com a voz rouca.
— Vou levar o Shawn em um evento de games e tecnologia nesta sexta-feira — comentei durante a conversa. — Você podia vir com a gente, né?
— Não vai ficar meio estranho? — questionou Pete. — Seu irmão pegou a gente se beijando na sala o dia que eu fui dormir aí, lembra?
— Duvido que ele se importe — afirmei. — Meu irmão não se importa com essas coisas, Pete.
— Se você acha que não terá problema, eu vou! — exclamou ele demonstrando um pouco de animação.
Mas ele estava claramente abatido.
— Depois do evento, você podia dormir aqui de novo, né? — propus.
— Mas e seus pais e seu irmão? — perguntou Pete. — Eu não quero incomoda-los, Klay.
— Eu já estou com saudade de você, amor — murmurei com um tom mais malicioso para instiga-lo. — Saudade do seu corpo, do seu cheiro, dos seus beijos...
Pete pigarreou e tossiu de maneira estranha algumas vezes.
— Também estou com saudade de você, amor — respondeu ele ainda mais rouco.