Capítulo 31

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Capítulo 31 🌺

|Luan narrando|

Na noite passada, eu demorei pegar no sono. Por que Ana correu de mim bem na hora do beijo? Ou será que foi bom ela ter fugido? Talvez esse beijo não devesse mesmo ter acontecido, assim, eliminaria toda e qualquer possibilidade de mais ilusões na minha vida.
— Eu estou escutando o que você fala, não preciso te olhar! — Ana Gabrielle voltou sua atenção pra mim.
— Mas eu quero que você preste atenção em mim, enquanto eu falo. — Insisti e ela ficou em silêncio. — Olha, eu não sei explicar o que aconteceu ontem, mas...
— Luan, com todo respeito, esquece o que aconteceu ontem, foi só uma coisa de momento. E fica tranquilo, não vou ficar no seu pé, por causa disso! — Se levantou da cama e foi na direção do banheiro.
Eu ia falar alguma coisa, mas me faltaram palavras. Preferi encerrar o assunto aqui mesmo e sair. Passei no quarto de Helena e beijei sua testa, disse que a amava e saí, fechando um pouco mais a cortina de seu quarto. Parei no corredor e encarei a porta do quarto de Ana, em silêncio, neguei com a cabeça e fui embora. Eu vou trabalhar e ocupar meu tempo.
Cheguei no quartel por volta das sete horas da manhã. Estava tudo em silêncio, alguns soldados iam chegando aos poucos, muitos iam direto para a sala de descanso e outros iam preparar alguma coisa pra comer na cozinha. Já eu fui direto para uma mesa extensa, de pedra, que havia no meio do pátio, aqui está mais tranquilo pra que eu possa pensar nos planos futuros em relação ao batalhão e suas operações.
— Pensativo, hein? — Inácio se sentou ao meu lado e eu apenas concordei com a cabeça. — Pensando no que ou quem? — Me cutucou.
— Pensando de quantos meses vamos precisar para invadir o morro e pegar o “comandante” de lá. — Fiz aspas no ar.
— Entendi, mas acho que você não estava pensando nisso não. — Riu e eu revirei os olhos.
— Eu quase... quase beijei a babá da Helena! — Murmurei. — Foi ontem, não consigo tirar isso da cabeça, que inferno! — Praguejei, jogando a caneta sobre a mesa.

...

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