Capítulo 48

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Capítulo 48 🌺

— Não foi ele, foi eu! — Thiago disse, assustado.
— Cala a boca! — Minha voz saiu rouca.
— Eu que matei esse Caíque, não foi o Luan, pode soltar ele. — Thiago insistiu e eu senti o cano frio do revólver na minha cabeça.
— Vocês fazem o possível pra proteger o capitão de vocês, mas isso não cola comigo! — O bandido riu, destravando o gatilho.
A.T.I.R.A. foi o que eu disse, em silêncio, para um dos soldados mais distantes. Fechei os olhos e escutei dois disparos, o aperto que eu sentia no pescoço, se desfez e eu consegui me soltar rapidamente. Me virei e o bandido que me segurava, estava caído no chão, com uma das mãos na perna, machucada.
— Não foge, capitão Rafael. — Ele riu, sarcástico e eu o encarei. — Eu já sei tudo da sua vida!
— E eu sei que vou tirar a sua, senão calar a boca! — Falei entre dentes.
— Sei que você tem uma filha... Helena, né?
— Cala.a.boca! — Mirei o fuzil na sua direção e destravei o gatilho.
— Luta como um homem, seu covarde! — Cuspiu as palavras na minha cara. — Ou vai se ofender só quando eu falar da Heleninha?
Tirei o fuzil de mim e entreguei a Thiago que estava parado meu lado, me abaixei e puxei o homem, no chão, pela gola da camisa.
— Eu mato você e seus parceiros de merda, se tocar no nome da minha filha mais uma vez! — Fui ríspido nas palavras. — Façam qualquer coisa comigo, mas fiquem longe dela ou eu acabo com a raça de vocês e sua corja de vagabundo!
— CUIDADO! — Escutei Thiago gritar e no mesmo instante senti um corte no braço. Soltei o bandido rapidamente e levei a mão no braço, apertei e gritei de dor, pelo corte arder fora do normal.
— A gente precisa matar ele também, está escutando? Já começou a troca de tiros, você está ferido e não vai conseguir atirar em ninguém! — Thiago me empurrou e o outro soldado pegou o meu fuzil caído no chão.
— Se me matarem, vai ter volta, escutou? Vocês já...
— Cala a boca desse imbecil! — Falei mais alto e Thiago atirou duas vezes contra o bandido. — Bastava uma, Thiago!
— Eu.não.amarelei, capitão Rafael! — Thiago colocou o dedo no meu peito e eu não sabia se ria ou se chorava pela dor no braço.

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