Capítulo 157

643 19 0
                                    

Capítulo 157 🌺

— EU DISSE QUE NÃO ERA PRA ELA IR, INÁCIO! — Grudei as mãos no colarinho da sua farda. — EU PEDI PRA ELA NÃO IR, EU AVISEI, POR QUE ELA FOI?? POR QUÊ???
— PARA, LUAN! — Inácio me empurrou. — Se apavorar não vai resolver nada, por favor, se acalma! Vamos até o local do acidente, mas...
Eu não quis mais ouvir, saí apressado até minha sala, procurei a chave do meu carro e saí dali o quanto antes. Eu tremia dos pés a cabeça, não sabia se chorava, se gritava de desespero ou se ia logo atrás da Ana. Os carros do exército iam saindo um por um, cheios de soldados, porque o acidente foi grave. A cada carro que passava, meu coração batia descompensado. Que a Ana não esteja nesse acidente, que ela não esteja nesse acidente.
— Eu dirijo! — Inácio tomou a chave da minha mão. — Você está há meio século tentando destravar a porta e não consegue, porque suas mãos só tremem!
— Me leva logo até a Ana Gabrielle, pelo amor de Deus! — Grudei as mãos no colarinho da sua farda novamente.
— Entra no carro! — Falou entre dentes.
Eu estava fazendo tudo no automático. Entrei no carro e Inácio fez o mesmo, ligou e saímos dali, cantando pneu. Pegamos o caminho mais rápido e fomos pedindo passagem a todos os carros a nossa frente. Parece que quanto mais andávamos, mais longe ficava do local do acidente. E em meio ao meu desespero, eu pedia em oração pra que Ana estivesse bem.
— Eu nem parei o carro direito! — Inácio esbravejou quando abri a porta e fui descendo.
A rodovia estava interditada, somente bombeiros, policiais e soldados do exército, passavam pela faixa de isolamento.
— LUAN! — Escutei Nádia me gritando e virei na sua direção.
— Cadê a Ana??? — Caminhei na direção do seu ônibus, passei pela faixa novamente e ela não parava de chorar. — Cadê ela???? Me responde, Nádia! — Grudei as mãos no seu braço.
— Ela... ela estava lá... lá... no ônibus. — Apontou na direção do enorme barranco. — Tira ela de lá, por favor! — Grudou as mãos na minha farda e eu me afastei, passando as mãos no cabelo.
Esse pesadelo não podia repetir novamente, eu não queria sofrer tudo de novo e perder mais alguém.

...

LOOKING FOR LOVEOnde histórias criam vida. Descubra agora