Capítulo 107

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Capítulo 107 🌺

|Luan narrando|

Uma semana depois.
Coloquei a mala de Helena no bagageiro e depois coloquei a de Ana, arrumei minha mala ali também e fechei. Estamos à caminho de Paraty e eu não sei se fico feliz ou nervoso por estar indo para a mesma cidade que os pais da Clara, inclusive, o corpo de Clara foi enterrado lá, faz anos e anos que não visito seu túmulo e sinceramente? Não tenho nem vontade.
— Vamos ver meus avós! Eu estou tão feliz. — Helena colocou seu cinto e Ana entrou no carro.
— Eu estou ansiosa! — Ana passou o cinto e eu sorri, ligando o carro.
— Minha vó chama Cristiane e meu avô chama José Carlos, você vai amar eles, assim como eles vão te amar! — O tom de voz de Helena estava tão animado quanto ela.
— Tenho certeza que vou amar seus avós! — Ana respondeu e eu fui saindo da garagem com o carro.
— Meus avós por parte de mãe também moram em Paraty, mas eles não falam comigo há anos, então acho que meu pai nem vai atrás deles. — Helena suspirou fundo e Ana me olhou.
— Ainda bem que você sabe que não iremos atrás deles. — Apertei o botão no controle e o portão da garagem foi fechando, assim que saí com o carro.
Era cinco horas da manhã ainda, estamos saindo nesse horário, pra chegar por volta das oito, nove horas, assim temos mais tempo pra aproveitar minha família. Passaremos uns quatro dias por lá, já que o começo da próxima semana é feriado.
Helena começou o trajeto conversando, mas logo pegou no sono, então só ficou eu e Ana conversando.
— Por que você parou de falar? — Ana me olhou e eu fiquei em silêncio. — Luan!
— Nada, não é nada. — Murmurei e parei no trevo deixando o caminhão passar.
— Entendi. — Se encostou no banco.
— Eu não gosto dessa rodovia, não gosto desse caminho, mas é o mais curto pra chegar em Paraty, todo mundo vai por aqui também. — Falei e saí com o carro novamente.
— Esse caminho foi o... enfim, deixa pra lá!
— Sim, foi nessa rodovia o acidente. — Respondi.
— Hum... então vamos falar de outra coisa, acho que ajuda você a distrair em relação ao passado! — Gesticulou com as mãos.
— Você consegue dirigir na rodovia? Eu acho que não vou conseguir! — Apertei o volante.

...

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