Capítulo 47

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Capítulo 47 🌺

|Luan narrando|

Entrei em uma das salas de descanso e troquei meu coturno. Coloquei o mais novo que havia deixado no meu armário, vesti meu colete e saí da sala, tínhamos mais uma operação hoje e eu ia coordenar meia dúzia de novatos, por sorte eu tinha o Inácio pra me ajudar.
— O que você vai falar pra eles? — Inácio me olhou e eu caminhei na direção dos soldados.
— Não sei. — Levantei mais o fuzil nas minhas mãos, parando em frente a um grupo de soldados. — Vocês não estão aqui pra tirar vidas, vocês estão aqui pra pegar bandidos e colocá-los na cadeia! Mas entre a vida de um inocente e de um bandido, tire a do bandido! Entre a vida de um bandido e a de vocês, tire a do bandido. — Falei pausadamente. — Não queria que as coisas fossem tão violentas assim, mas é o único jeito, estamos entendidos!
“Sim, capitão” foi a resposta uníssono que eu recebi do grupo de soldados.
Entramos no camburão que nos levaria até o morro, o mesmo onde eu trombei com Ana Gabrielle. Antes de descer, eu coloquei meu capacete, ajeitei meu colete e saí junto com três novatos, enquanto isso, Inácio cuidava dos outros três. O meu objetivo era sempre sair com vida e voltar pra casa, nada mais.
— Thiago, se você amarelar de novo, eu juro que te soco até você pedir pra sair! — Apontei o dedo na direção de Thiago.
— Não vou amarelar, juro! — Ajeitou seu capacete.
— E sem matar gente barra pesada, a não ser que sua vida ou...
— Eu entendi, vamos logo! — Thiago foi subindo o morro na minha frente e eu fui logo atrás.
Por enquanto estava tudo tranquilo, mas as pessoas na comunidade iam fechando as portas e as janelas rapidamente, principalmente quando ouviam algum disparo. E elas nos olhavam com medo, o que não era pra ser assim, eu sempre comandei meus soldados da melhor forma possível, não devemos passar medo.
— Eu tenho a impressão de que estão nos seguindo. — Um dos soldados disse com a voz trêmula e no mesmo instante, senti alguém me puxar pelo colete.
— Não atira! — Pedi para os soldados, enquanto alguém, passava o braço no meu pescoço e me apertava.
— Quem mandou tu matar o Caíque, hein? Quem tira uma vida, paga com outra vida! — Me apertou mais.

...

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