Capítulo 99

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Capítulo 99 🌺

— Mais uma vez eu te digo, você não vai tirar a minha liberdade! — Apontou o dedo na minha direção.
— Não estou...
— E não me dirija a palavra! — Ela abriu a porta dos bancos traseiros e entrou, batendo a mesma.
— Eu não sou táxi, Ana Gabrielle! — Bati a mão no vidro.
— Se estiver achando ruim, eu saio e pego um táxi de verdade, mas saiba que não vou pra sua casa. — Ela gritou de dentro do carro e eu respirei fundo pra não perder a paciência. Bati a porta do passageiro, dei a volta e entrei no carro.
— Você é infantil! — Liguei o carro.
— Sim, eu sou a infantil que está praticamente te chamando de puta por sair com uma roupa curta. — Falou alto e eu me virei rapidamente na sua direção.
— Não estou te chamando de puta, tá ficando maluca? — Esbravejei.
— Foda-se! — Ela respondeu em um tom de voz mais baixo e eu neguei com a cabeça, ligando o carro novamente.
Fomos o caminho inteiro em silêncio, a única coisa que podíamos ouvir era o som da rádio, que tocava músicas românticas. Mas nem isso amenizou o clima entre nós dois. E quer saber? Eu não ligo, eu não me importo. Só falei a verdade, não tenho culpa se ela não gosta de ouvir.
— Que bosta de música. — Escutei ela praguejar e revirei os olhos, desligando o rádio. — Pode deixar aí, uai, só comentei que a música é uma bosta!
— Não vou discutir. — Paramos no semáforo.
— Tá. — Respondeu e eu a olhei pelo retrovisor.
— Parecemos dois adolescentes. — Falei e ela deu de ombros.
— E você é o mais infantil. — Olhou no retrovisor. — Você percebeu que eu continuo com você mesmo com a roupa curta?
— Já disse que não vou discutir! — Saí com o carro assim que semáforo abriu.
— Você achou o que? Que outro cara iria olhar pra mim, me comer com os olhos e eu ia louca atrás dele?
— Não me tira do sério, Ana Gabrielle! — Apertei o volante.
— Você não quer discutir, porque eu tenho razão! — Falou mais alto e eu freei o carro em cima de um caminhão que passava na preferencial. — Meu Deus! — Ana falou um tanto quanto assustada e no mesmo instante inúmeras lembranças do meu passado viram à tona. — Luan... estamos parados no meio da rua!
— Eu... eu não consigo dirigir agora. — Respondi, ofegante.

...

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