Capítulo 8 - Paixão e Desafios

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Clara sentia um calor crescendo dentro de si, algo arrebatador. Suas mãos seguravam fortemente o respaldar da cama, seus suspiros e gemidos preenchiam aquele quarto, misturados ao rangido da cama.

Sentia seu interior sendo preenchido pelos dedos de Angel, que, sentada sobre o colchão macio e com suas costas apoiadas no respaldar da cama, a tinha sentada sobre si e se deliciava com a imagem de sua namorada, totalmente entregue aos seus estímulos.

Clara sentia a boca da mulher em seus seios, os mordendo de leve e os chupando com ardor, o que a estremecia mais ainda.

Não demorou para as explosões do orgasmo começarem a atingi-la, contraindo seu interior e fazendo com que seus músculos se contraíssem em tremendo deleite. Seu corpo estremecia e seus gemidos ficavam mais altos, tomando todo o ambiente.

– Estou chegando... – Sussurrou, ofegante, tendo seus lábios tomados pelos de Angélica, que sentia o contrair de seu interior contra seus dois dedos.

Afastou-se dos beijos e observou atentamente a reação de sua garota, que fechou os olhos com força, trincou os dentes e agarrou seus ombros desnudos, cravando as unhas com força. A respiração chocando em sua face, o suor que escorria de sua testa, seus cabelos em desalinho, seu corpo exposto para seus olhos. Ela amava aquela imagem, amava o que fazia a menina sentir, todo o amor que podia lhe brindar naquele ato.

Ana Clara respirava com dificuldades, sentia seu coração acelerado em seu peito e os espasmos do gozo intenso em todos os seus músculos. Deixou com que seu rosto se apoiasse no ombro de sua Angel, que a recebeu carinhosamente, afagando seus cabelos.

Quando Angel resvalou seus dedos para fora do sexo pulsante de Clara, pode notar nele toda a umidade de seu deleite, deixando um rastro de uma fina linha os ligando ao ponto de onde saíram. Aquilo a excitava, a deixava alegre, com tesão e mais apaixonada ainda. Saber que provocava aquilo em sua jovem namorada era como ter vencido seu maior prêmio.

Abraçou Clara com carinho, afagando seus cabelos e lhe dando beijos leves no ombro, aproveitando para sentir todo o calor que os corpos emanavam naquela madrugada fria, aquecendo a ambas.

A respiração lenta e cansada de sua namorada em seu ouvido a levava a um campo de paz, de realização e amor, muito amor.

Desde a primeira vez que fizeram, há cinco dias, não conseguiam manter os corpos longe uma da outra. Era como um vício, uma necessidade, um monstro que as dominavam as entregando ao desejo de querer sempre mais.

Clara e Angel já não conseguiam dormir separadas, era tortuoso pensar em estarem longe. Não sabiam mais se privar do sabor, do carinho e da presença da namorada e, agora, amante. Acostumaram-se a dormir só após se saciarem uma do corpo uma da outra e, ao acordarem, precisavam repetir a dose, provar de sua "substância ilícita", do gosto, do amor, do sexo, da satisfação de ouvirem seus nomes sussurrados, gritados, arfados pelos lábios uma da outra. Era um vício, era um amor, uma paixão incontrolável.

A jovem da cidade sentia seu corpo relaxado sobre o da mulher, era como se estivesse velejando toda vez que se entregava daquela forma para sua Angel. Encarar o mar, sentir o vento tocar sua pele e arrepiá-la, experimentar o calor do Sol a queimando, se deleitar com o desconhecido... ela adorava como Angélica conhecia seu corpo, seus limites e seus anseios, amava aquela mulher em todos os sentidos.

O toque das mãos da mais velha em sua pele, as respirações se misturando, aquilo a estava levando novamente ao desejo desenfreado que sentia. Aproveitando a posição em que se encontrava, começou a distribuir beijos leves no pescoço de Angel, notando como essa sorria com cada contato dos lábios com sua pele.

O Sol Sempre Brilha (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora