– Motivo para tanto receio pela parte do Noah.
— Noah, seu cretino!
Escuto o grito da minha irmã caçula, Ellen. E logo olho ao redor do meu quarto, procurando algo que me incrimine. Não Tem nada, ufa! Me jogo na cama, e espero ela abrir à porta de uma vez, como sempre quando está irritada comigo.
— Foi o Evan, eu juro! - me defendo, quando ela adentra o quarto.
Ellen estreita os olhos na minha direção, e cruza os braços.
— De que você está falando? - ela pergunta, com o semblante de brava.
— Oras, de comer o bolo antes da hora.
— Então foi você! Eu sabia, Evan está estudando, e nem saiu do quarto!
Droga! Ela sempre me descobre. Tenho que ser mais cuidadoso.
— Você nem sabe, ele pode ter saindo quando você estava no quarto, com a Hanna. - tento me defender, colocando a culpa no meu irmão do meio.
— Ah, era nisso mesmo que queria chegar. Você é tão idiota!
Fico confusa. Que diabos que fiz de tal grave, sem ser comer um pedaço do bolo, que era para comer mais tarde, quando mossa mãe chegasse.
— O que eu fiz dessa vez? - resmungo, pegando meu celular embaixo do travesseiro.
— Você não sabe? Ah, deixe-me te lembrar. - Ellen diz com raiva. — Sabe a Hanna? É claro que sim. Você dormiu com ela? Responde, Noah!
Arregalo os olhos. Mas que amiga fofoqueira essa da Ellen. Céus, a garota disse que ficaria apenas entre nós dois.
— Ellen, eu...
— Você nada! Eu já estou cansada de você pegar todas as minhas amigas, Noah!
Abro um sorriso.
— É pra isso que serve as irmãs, Ellen, para arrumar namoradas para os irmãos.
— Por que não pega as amigas do Evan, então?
— Evan nem tem amigas, ele prefere os livros, você sabe.
Deixo o celular de lado, e ergo o olhar, e para minha surpresa, Ellen está chorando.
— Eu nem tenho mais amigas. Sabe por quê? Porque elas querem vim aqui, apenas por causa de você e o Evan. É sempre assim, aonde estão seus irmãos, Ellen? - ela resmunga, enxugando as lágrimas, e isso me perturba. Eu odeio ver mulher chorando, ainda mais sendo da família.
— O que que faça, Ellen? - pergunto, ficando em pé. — É elas que vem me procurar, não eu.
— Eu sei, mas você não faz nada para impedir como o Evan faz! - ela diz alto.
Tenho vontade de rir. Evan impede? É claro que não. Ele só sabe ser mais discreto que eu.
— Tudo bem, eu sei que não faço nada. - puxo-a para um abraço apertado.
— Como seria se eu pegasse um amigo seu? - Ellen pergunta, com a voz abafada por está com a cabeça no meu peito.
Rápidamente eu corpo fica tenso.
— Nem fodendo você pegar um deles. - digo, e empurro seus ombros, olhando nos seus olhos. — Eles não são pra você.
— Viu! E nem minhas amigas para você, Noah!
Solto um suspiro. Ela quer mesmo comparar suas amigas com os meus?
— É diferente.
— Não é nada.
Ellen se afasta, cruza os braços batendo o pé.
— Ellen, as coisas...
— Me promete uma coisa. - ela pede de repente.
— O quê?
— Que nunca mais, você vai pegar minhas amigas. Nunca.
Porra! Como vou prometer isso? Como? Não dá porra! Ela tem as melhores amigas gostosas. Todas de biquíni pela casa no final de semana. É o paraíso.
— Irmã, Ellen...
— Me prometa, Noah.
Seus olhos voltam a encher de lágrimas, e meu coração muxa devagar. Merda!
— Tudo bem. - concordo baixo. — Nada de amigas da Ellen. - resmungo, encarando o chão do meu quarto.
— Não vale, você cruzou os dedos nas costas! - Ellen acusa, apontando para o meu braço. — Seja sincero, Noah!
Solto um resmungo baixo, e ergo as duas mãos para o alto.
— Nada de amigas da Ellen. - repito. —Satisfeita?
— Muito!
Ellen abre um lago sorriso, e me abraça forte.
— Eu amo tanto você, Noah. Obrigado! Tenho certeza que vai ter várias garotas quando entrar na faculdade.
É, assim espero. Mas as suas amigas estão mais perto. Tenho vontade de dizer, mas me contento. Não quero ver minha irmã chorando mais uma vez por causa de mim. Um cretimo que não sabe dizer não para uma mulher.
Ellen deixa o quarto saltitando de aleria, e me jogo na cama com um suspiro, tentando entender em que enrascada me meti dessa vez.
Droga!
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Amor Indecente - II Duologia Irmãos Summer
RomanceUm amor indecente, uma mulher independente, e um homem resistindo seus desejos mais intensos. Katrina não é uma mulher submissa, longe disso. Uma mulher de atitude, que mostra seus interesses, e corre atrás do que deseja. E nesse momento ela de...