Não,era pra ser...

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Num dia normal,saio ao trabalho pela manha como habitualmente,realizo as minhas actividades e saio para o almoço,enquanto dirijo em direção  ao restaurante,percebo que sou seguida por um carro com vidros escuros que depois de algum tempo desaparece,o mesmo acontece quando saio do restaurante de volta ao tribunal,achei estranho,mas preferia acreditar que fosse engano,só que não.
Depois de estacionar o carro,olho a minha volta e haviam alí  3 homens que forçavam-me a sair do carro,gritei tanto que parecia que o mundo todo estava morto,e só eu viva ali e prestes a seguir o caminho do resto do mundo,levaram-me a um carro,a visão era opaca,sentia tanto medo,não  conseguia perceber o porque de ser sequestrada,será que era aquilo um ajuste de contas?ou entao queriam eles dinheiro do meu pai...pensava mil coisas,o medo consumia-me por dentro,e tudo o que conseguia pedir é que nao me fizessem mal nenhum...passado algum tempo,pude perceber que estava sozinha num quarto escuro,com as mãos e os pés atados,gritando socorro,não  sabia como chegara a aquele lugar,não  sabia quem eram e nem o que queriam aqueles homens,estava com muito medo,nem se quer conseguia parar de chorar por um segundo,depois de algum tempo naquele quarto,ouvi passos em minha direçã:
-por favor,não  façam nada comigo
-cala a boca,não iremos fazer nada contigo, portar-se bem,disse a voz por de trás  daquela mascara preta e nojenta.
-o que vocês querem?porque me prenderam aqui?vão me matar?
-sabemos que seu pai é milionário,queremos dinheiro,muito dinheiro !
Coloquei-me a chorar,porem,percebi que devia ser mais forte,depois de algum tempo,ouvi passos outra vez,era uma tortura,eu nunca sabia quando vinham pra fazer-me mal,desta vez,era um que parecia mais pacato,deu-me de comer e de beber em silêncio,perguntou se precisava de algo,eu queria mais é, era sair dalí logo,gritei,esperneei,tentando midir forças com ele,que em seguida,ainda em silêncio colocou-me deitada sem corda alguma...
Porque não falava nada?porque não reagia?esta pergunta rodava-me a cabeça até que entre lagrimas e medos adormeci,no dia seguinte a tortura continuara...
-preciso de um banho(disse eu olhando na cara deles)
-isto nao e nenhum hotel  5 estrelas madame,disse um deles
-como acham que vou sobreviver?até quando vou ficar aqui?tirem-me daqui
-ficarás aqui até a tua familia pagar o resgate,disse um deles indo embora...
-e tu,não  vais atrás do teu amigo?perguntei eu ao homem que tinha ficado alí
-olha,melhor não  desafiar os meus amigos,eles podem ser muito cruéis,vou levá-la pra tomar um banho,será  um banho ajeitado,mas dará pra fazê-lo.
Aquele banho foi magico,nunca pensei que um banho pudesse ter tanto poder ...depois de algum tempo tudo silênciou,levantei-me,tentando espreitar pelas janelas,mas sem sucesso,era a minha chance de fugir,só que não!! estava tudo trancado,gritei desesperadamente,até que um deles apareceu me calando com uma bofetada,não aguentava mais ficar alí,aquela noite,eu apanhei tanta porrada que esqueci-me do meu próprio nome...
Eu conseguia compreender que eles brigavam entre si porque uns queriam matar-me e outros queriam-me alí sã e salva,por um motivo por mim desconhecido...e para a minha surpresa entrou o sequestrador pacato,
-por favor,nao batam mais em mim,eu suplico
-nao vim bater em ti,vim curar esses ferrimentos,eu pedi a você que não os contrariasse,eles são perigosos,por favor,faça como eles mandam...disse ele fazendo curativos em mim
-Porque tu tratas-me tão  bem?
-porque sou contra violência,disse ele premendo algodão no meu rosto
-me tira daqui,por favor
-eu nao posso,disse ele encolhendo os ombros...