30.Uterus

533 49 1
                                    

Ser frio em ações neste mundo era uma das vantagens de se conviver com o calor da morte, o ser humano já era bastante egoísta em relação a sí bem antes disto, mas agora era oficial pense em sí, porque se você se preocupar com o outro terá que carregar ela nas costas para o resto da sua vida, amor era relativo demais ali quem ama e quem deseja? Você ama aquilo que deseja e quando a tem, não se torna tão atrativa assim.

Escolhi me colocar em primeiro dês do momento em que me colocaram em segundo, mas a minha natureza militar era mais forte e eu voltava a ajudar me voluntariar e desejar.

- Espero que tenham entendido, aqui somos um grupo temos que nos unir e trabalhar juntos, temos as cordas, quem irá nos enforcar agora? - Um singelo meio sorriso vinha de mim.

Depois de um dia cheio, avisei os que ali permaneciam que iria a Califórnia, resolver o que ninguém tinha coragem de enfrentar, porém eu enfrentava como uma montanha russa e sabia que no fim da roda estaria terra firme, mesmo que fosse uma queda eu iria cair atirando.

Kenna brincava com as borboletas no gramado alto da pista de pouso da quarentena, o sol nascia e um pouco de névoa cobria o chão. Cheguei vestindo um casaco de botões cor verde camuflado que achei entre as coisas dos falecidos que retiramos ontem em uma varredura nos dormitórios e tendas.

- Segure Kenna - A entreguei uma mochila de cordões trançados
- Coloque tudo que você achar necessário a você partimos ao entardesser.

- Esta bem.
Ela continuava tocando nas borboletas azuis com as ponta de seus dedos - Minha mãe um dia me disse que mesmo que borboletas bonitas te visitem elas trazem o caos com elas.

Me agachei cruzei os dedos e a olhei firmemente enquanto ela voltava a se virar de costas para brincar com as borboletas.

- Não se preocupe, o que vou dizer agora sai totalmente da convicção que tenho e das regras que sigo mas te prometo que vou protege-lá e juntas vamos salvar o caos que a borboleta trouxe.

Me levantei e andei com as mãos no bolso em meio a neblina que parecia se esvair aos poucos. Preparei suprimentos, mapas, lanternas e tudo mais que precisaria para os 3 meses ou até mais de viagem até a Califórnia, esse suprimento tinha enterrado a assim que cheguei aqui, talvez vocês tenham pensado como fica o pequeno Ethan e os que ainda restaram, bom por mais que gostasse do Ethan uma viagem dessa com uma criança pequena seria suicídio então deixei com uma das poucas pessoas que confiava Luyza, ela acabou se animando depois do ocorrido a ela e se deu bem com ele, as pessoas que restaram as coloquei na linha fiz com que se unissem e não criassem conflitos, nomeie cada um com uma função assim não cometeria o mesmo erro de antes de só uma pessoa ficar apar de tudo sozinha, ficamos quase um dia explicando tarefa por tarefa os procedimentos da água, da comida e dos mortos além de segurança e regras para tudo aquilo funcionar, foi tudo explicado por mim mas a execução partiria deles não teria mais nada haver com eles quando passasse por aqueles portões, tudo que senti aqui se perderia ao decorrer da minha viagem, já que se desse tudo errado não voltaria nunca mais, então decidia ali cortar qualquer ligação, é ruim mas necessário.

Após preparar tudo acabei me despedindo de Caleb pois ele ficaria em contato comigo por toda viagem caso tudo desse certo e acabei que quando estava andando pelas extensões da quarentena para ver algum tipo de falha acabei dando de cara com Leon, sua presença ainda me trazia paz e calma, como o primeiro momento que começamos a nós relacionar da vez que ele me incentivou a lutar e cuidou dos meus machucados logo em seguida, como me defendeu dos homens raivosos da primeira vez que cheguei, do jeito que me olhou na fogueira que teve aqui, do amor inconsequente, a forma que não me abandonou quando eu estava doente, todas as dores que passamos e forte fomos ficando, dizem que agora só somos resto do que ficou, ainda há resquícios e eu vou os levar para o resto da minha vida, por mais que vá para qualquer lugar eu sempre acabo parando com ele aqui me olhando com o mesmo olhar apaixonado de quando vimos as estrelas brilharem com nosso amor, guardo o amor que tivemos e falo de amor pois ninguém me amou assim.

Julgamento ao Amanhecer - Zumbie™Onde histórias criam vida. Descubra agora