Por sobrevivência ela enganou a morte
Por liberdade ela se tornará uma arma
☢︎︎Reviravoltas extremas, não se apegue a personagens, não confie neles.
Uma pandemia letal transformou o mundo em terra de ninguém. A história conta a trajetória de uma ex...
Dizem que os mais ansiosos são os que estão a frente do seu tempo, mais de um tempo, mais de um cenário, mais de uma tragédia. É tudo tão rápido e quando se deu conta já pensou em mil formas de morte, de doenças, de perder alguém que ama muito, pessoas ansiosas sofrem com o futuro pessimista e ao tentar voltar a realidade por muitas vezes se veem em mais um lugar ruim o bastante pra fazer valer todos os pensamentos ruins. O corpo se escuta, se aflige e logo começa um ciclo de horas, días semanas do mesmo processo doloroso e sadio da ansiedade a raiva, a tristeza e a aceitação. Como num luto, esses estágios sempre trazem um aprendizado de como superar a próxima crise, mas parece que quando ela está no pico mais alto, não há quem nós salve a não ser nós mesmos, um pouco de raciocínio e respiração, um olhar ao redor, uma conversa, uma distração, qualquer coisa que me tire lá do alto. Entretanto, esquecemos de que se você subiu, seja por vontade própria ou não, tem que descer, então é no último estágio, aquele mais assustador em que todo seu corpo parece se contrair e evitar a descida e que muitos sentem medo, que devemos aproveitar a queda livre, entender que o seu pulo lá do alto não vai ser definida por você pensar se vai morrer ou viver, você não controla a gravidade, você aceita, aceita o fato que independente do seus pensamentos o cenário falso da sua cabeça não se aplica a realidade, então a medida que diminui o chão pare, aceite, repense e enfrente e quando estiver em terra firme, agradeça, você conseguiu mais uma vez e nem percebeu que o paraquedas estava com você a todo momento.
O Ouroboros costuma ser representado pelo círculo, o que parece indicar, além do eterno retorno, a espiral da evolução, a dança sagrada de morte e reconstrução
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— Hazel? Tá tudo bem?
Estava extasiada mirando aquela enorme estrutura ao meio da cidade, acabada, zombada e destruída.
— Está é a estátua mais bonita que já vi em toda minha vida.
Kenna mirou a mesma paisagem que a mim tentando entender o que eu via.
— É um monte de pedra agora.
Carter chegou jogando um par de coturno aos meus pés.
— Vesti isso, tem uma longa caminhada até CCD.
— Vai nos levar lá mesmo? - Questionei já que ele arriscaria sua vida.
— Não. Na verdade gosto de brincar de passar por tantos zumbis. - Falou cassando e passou por mim com o fuzil cruzado nas costas e bem trajado.
— Não vai me dar uma arma? - Lutei tanto por aquelas merdas para simplesmente tirarem de mim mais uma vez.
Ele se virou respirou fundo e elevou as mãos a frente na tentativa de me convencer que não me dá uma arma não seria algo pessoal.
— É procedimento padrão, até por que você já provou não ser tão confiável. Mas não é nada pessoal.
— Vai atravessar a cidade cheia de mortos e espera que eu fique atrás de você?
