59. Declaration

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O inferno está vazio e todos os demônios estão aqui.

Shakespeare

— PAREM, PAREM POR FAVOR - Gritei enquanto empurrava os caras que seguravam Tank pelos braços enquanto o mesmo cuspia sangue, mas que dissipação um sorriso debochado.

Após solta-lo me joguei de joelhos a sua frente no asfalto para que ele não caísse de cara ao chão, seu rosto estava muito machucado e possuía hematomas em seus braços que ficavam aparente com a regata preta, é ele havia lutado muito antes.

— ... Olha pra mim - Disse sussurando —  Hey eu tô aqui...

Logo Hanna apareceu para me ajudar a carrega-lo pelo até a parte da enfermaria improvisada ao relento, o colocamos devagar sobre a lona no chão e ele mal abria os olhos parecia estar desmaiando. Ele tinha pequenas pausas de desmaio e quando recobrava a consciência antes de cair tentava fazer força ao se levantar e ficava agressivo me segurando forte pelo pulso me chamando, num reflexo desesperado o abracei para apoia-lo contra o chão e senti sua respiração ofegante e se coração acelerado.
Comecei a falar demasiado ao seu ouvido.

— Mas que merda.

Quando estávamos com os anarquistas Tank havia me contado que tinha ataques de pânico junto a episodios de raiva em situações de tensão, por isso nunca ia em missões, mas que não acontecia dês dos 18 anos dele.

— Aqui Hazel a água. - Kenna me entregava uma garrafa d'água.

— Hanna me ajuda a levantar ele.

Hanna me ajudou a ergue-lo o suficiente para que eu o desse água, ele se acalmou e voltei sua cabeça em um apoio improvisado de panos.

— O que ele está fazendo aqui Hazel?

— Eu não sei, disse para não nós seguir.

Quando ia pegar mais água e mantimentos Benício me puxou pelo braço bruscamente e em tom nervoso me mirou os olhos friamente.

— Vocês está louco? Quer acordar sem as mãos?

— Melhor abaixar seu tom. Quem é o saco de pancada que vocês trouxeram até nós?

— Por que acha que eu trouxe ele? - Retirava meu braço de seu envolto revoltada.

— A ceninha que fez diante de todos.

— Ele é 1 você são mais. Além do que vocês o machucaram muito. - O dei as costas dando passos largos, ainda pude escutar um " Quero que vão embora logo ".

Ao chegar a encosta de um lago onde pegaria mais água com meu balde de metal me deparei com Kenna sendo atacada por um homem mais velho atrás de uma das enormes árvores.

— SOCORRO!!! ME AJUD... - O mesmo tampava sua boca.

— Kenna? ... KENNA?

Em um impulso de adrenalina corrí até lá e o cara tampava sua boca contra o chão já arrancando suas vestes. Sem pensar muito joguei o balde certeiro em sua cabeça e o empurrei jogando mais a frente, o mesmo sacou uma faca e veio para cima de mim, ainda conseguiu cortar meu braço, fui desviando ao mesmo tempo que ia para trás, até ter a oportunidade de pegar em seu punho, ele não era tão alto o forte o suficiente, ao fazer isso bati minha cabeça contra a dele o deixando tonto, o joguei contra a árvore tensionado o punho até ele soltar a faca, quando isso aconteceu voltei seu braço para trás e o chutei  nos joelhos para que se dobrassem diante do rio que afundaria sua cabeça até não poder mais respirar.

— Está respirando bem aí? - Dizia serrando os dentes fazendo força contra ele — Tenta respirar mais, logo vai encontra uma velha amiga seu filho da puta, manda esse recado para ela.

Julgamento ao Amanhecer - Zumbie™Onde histórias criam vida. Descubra agora