À Deuses

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Não há morte mais dolorosa que sentir que não haverá amor como o teu
Eu preciso que haja

Pois quando a solidão arromba a porta e em mim faz morada
Teu abraço mental e silencioso se faz consolo

E eu sou capaz de ouvir sua voz sussurrada dizendo que eu nunca ficaria sozinha de novo

Nos momentos em que não era infeliz
Eu sentia que era verdade

Mas o amor costuma brincar conosco
Não há nada de novo sob o sol:

Eu sigo perdendo a esperança
Em me tornar alguém melhor
E você segue em frente

Se deita em outros leitos
E tudo bem, não há nada para perdoar

Nada há de te tirar de mim

Pois uma vez que tu se foi
Eu te eternizei entre essas linhas

Tuas formas vivem nesta caligrafia tremida
E teu rosto é selado nessas folhas com lágrimas

Não me canso de criar poemas que gritam seu nome
Não me canso de escrever cartas de despedida

Mesmo que enfrente milhões de adeus
O seu ainda será o mais dolorido

E ainda assim o mais belo.

Onde Lágrimas Se Tornam RiosOnde histórias criam vida. Descubra agora