Olho no olho
Quem eu vejo no reflexo do espelho é um mistério
As vezes, penso ver a morte
Em outras, acredito que seja o diabo
Sinto o quente do seu toque formigar a minha mão
Eu sequer estou aqui.
Este rosto, decorado com os olhos do mal e a boca do inferno
Já não me pertence mais
Esta língua, que contorna corpos desconhecidos e desenha vinganças por prazer
Um dia já foi minha
Este templo de luxúria, que acomoda milhares de almas sem se cansar
Talvez seja meu
Já esta mente genial e maléfica, que fez cair impérios e gigantes se curvarem
Coroada por ascender entre os demônios mais brilhantes
Sou minha.
~
Art: Photography by Danielle van Zadelhoff.
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Onde Lágrimas Se Tornam Rios
PoesiaQuando a vida fica muito pesada, aliviar a carga no papel faz bem. Afinal, palavras nunca foram só palavras. Aqui tem poesia. Regada a vinho de mercado, perfumada com cigarro barato e desenhada por caneta Bic. De alma e corpo. Se procura amor, ra...
