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Capítulo 18

Rose

- Rose você está ai? – escuto Adrian me chamando no fim da escada.

- Aqui em cima!

- Trouxe o jantar. – Ele fala se aproximando de onde estou sentada, segurando uma caixa de pizza.

- Você é o melhor.

- Não me canso de ouvir isso. – Seu sorriso cafajeste ilumina seu rosto. Tudo com Adrian é tão familiar. Estamos sentados no terraço, em meio as plantas observando o por do sol e saboreando uma pizza de pepperoni. Somos melhores amigos. Bem, melhores amigos com alguns benefícios... mas é quando um pensamento me invade: eu não posso mais alimentar os sentimentos do Adrian. Ele me ama de uma forma que eu nunca irei ama-lo. – Você ficou seria de repente... no que você está pensando?

- Que precisamos esclarecer as coisas.

- Isso demorou pra acontecer. – ele para de comer sua fatia de pizza e senta de frente pra mim.

- Adrian, eu quero que você entenda que estou aqui pelos motivos certos... e que eu te amo, te amo de verdade mas...

- Mas não como você ama o irmão da Vikka. Eu já entendi isso Rose. – ele me interrompe.

- Eu sei que você entende meus sentimentos por Dimitri, porem nós dois não existe mais. E eu não quero que você fique preso a mim enquanto estou pensando em outro. – digo suspirando sem ter coragem de encara-lo. Adrian me puxa paro o seu colo e me senta de forma que minhas pernas se enganche em seu quadril. Ele levanta meu queixo com uma das mãos para encarar meus olhos.

- Primeiro se você acha que alguém que conviveu com você por um mínimo segundo pode simplesmente te esquecer, você esta louca. Segundo eu não me importa de está ao seu lado, seja como seu amigo ou alguma coisa a mais. O que me importa é está ao seu lado. Terceiro eu sempre vou está aqui para você Rose, hoje agora e sempre. Eu só quero que você se permita viver em paz e que volte a ser a velha Rose. Somos amigos antes de tudo e é isso que os amigos fazem um pelos os outros. Você vai concertar as coisas com esse cara, eu sei que vai. Mas por agora, se permita viver.

- Eu tenho tanto medo Adrian... – lagrimas queimam os meus olhos. Sinto o polegar de Adrian acariciar o meu rosto de leve.

- Eu vou está aqui pequena. – Ele diz beijando a minha testa. – Você disse que a gente precisava tentar, ter a nossa vez e tivemos. Tudo bem que durou menos de uma semana, que fugimos e estamos do outro lado da país... mas funcionamos melhor como amigos, e não quero levar uma surra do seu federal quando ele descobrir que dormi com sua garota... sabe ele é bem grande!

Ver Adrian falando assim de Dimitri me fez rir e chorar ao mesmo tempo. Eu não sou mais a garota dele. Na verdade eu nunca fui. Em uma coisa Adrian estava certo, nós tivemos a nossa chance e foi lindo enquanto durou... mas agora de volta a vida real, percebemos que somos melhores como amigos.

- Se trouxer alguma garota pra casa me avisa antes. – digo de repente fazendo ele levantar a sobrancelha.

- Eu não estava pensando em trazer nenhuma garota pra casa ... quer dizer não por enquanto.

- Qual é Adrian, já olhou para você ? Você parece ter saído do catalogo da Versace. Eu não dou duas semanas pra ter um exercito de mulheres atrás de você.

- Pra sua informação eu já desfilei pra Versace uma vez. Foi quando passei o verão em paris. – Reviro os olhos com essa informação. Obvio que ele já desfilou para uma grife internacional, afinal ele é Adrian Ivashkov. – mas se te deixa mais tranquila , te aviso quando trouxer alguém pra casa. Podemos até fazer um cronograma estilo Lissa.

- Nada de cronogramas por favor. Já basta a Lissa. – a menção da minha melhor amiga de infância faz meu peito se apertar.

- Você está com saudades né ? – faço que sim com a cabeça antes de responder.

- Liguei pro meu pai quando você estava fora. Vou pedir ajuda a ele pra resolver a situação da Vikka.

- E depois, você pretende fazer o que ? Ir embora?! – vejo uma pontada de sofrimento nos olhos de Adrian.

- Não. A gente não veio de tão longe para logo em seguida ir embora. Vamos ficar. Quero morar aqui com você. Reconstruir minha vida... claro se você quiser isso.

- Claro que quero pequena. Esqueceu? Somos eu e você contra o mundo.

***

Dimitri 

A viajem até Lincoln é caótica. Estou com uma maldita dor de cabeça .  E as duas doses de vodka que tomei ainda no aeroporto, não parece ter me ajudado muito. Não sei por onde começar a procura-la... apenas não sei . Tasha ja me ligou umas 20 vezes. Seu sobrinho chegou hoje , ela contava comigo para apresentar o campus a ele, mas quer saber ? Foda-se! Ele pode fazer isso sozinho. A unica coisa que me importa é achar minha Roza. 

A aeronave começa a patinar na pista de pouso, e antes mesmo do avião está completamente em solo já estou em pé em frente a saída segurando minha unica bagagem. 

- Senhor. O senhor precisa se sentar , estamos pousando. - uma aeromoça loira com grandes olhos castanhos me fala com sua voz grave.

- Você precisa se calar e eu não me importo. - lati para a pobre aeromoça. 

- Preciso insistir que o senhor volte para o seu lugar. Idosos, gestantes e pessoas com crianças são prioridades no desembarque. - ela fala de forma autoritária.

- Querida se você acha que vai me intimidar, você esta fudidamente enganada. 

- Senhor! - antes que ela terminasse de falar , pego meu distintivo no bolso  e  o coloco a frente do seu rosto  . Vejo sua face ficar rubra . Ela finalmente me esquece e sai de junto de mim . 

Obviamente sou o primeiro a desembarcar do avião , enquanto me dirijo em direção a um taxi , ligo meu celular e começo a caçar um hotel. Com toda correria não consegui reservar nada. Antes que consiga ter acesso ao meu navegador , uma chamada de um numero não identificado começa a piscar em minha tela . Engulo em seco. Será que é ela ? Atendo a a chamada no terceiro toque. 

- Belikov. - Uma voz masculina que não reconheço fala do outro lado da linha. 

- Seja quem for não tenho tempo agora. - estava pronto para desligar a chamada quando o nome de muitos pesadelos ressoa do outro lado da linha. 

- Aqui é Ibrahim Mazur, e eu tenho certeza que você tem alguns valiosos minutos para um velho amigo. - meu sangue gela. Descartar a ligação do senhor Mazur não era uma opção. Rose era minha prioridade, mas no momento teria que dar uma pausa em minha busca para resolver esse pequeno problema. 

- Em que posso ajuda-lo senhor ? 

- Minha filha fugiu com um bastardo para Los Angeles. Ela está para ir buscar uma ordem de pagamento no banco. Preciso que você passe o olho nela enquanto não chego aos Estados Unidos. O garoto não é de confiança. Estou te passando todos os detalhes imediatamente por mensagem e dinheiro para o que você precisar. Ela não precisa saber que esta sendo seguida , só precisa manter o olho nela e mante-la segura. - antes que pudesse responder ele ja havia encerrado a ligação. Era só o que me faltava! Ter que ir para Los Angeles atrás da filha de um magnata que tem negócios ilegais. E seu perdesse a pista de Rose ? E pior , se eu a perdesse de vez ... 

Um beep no meu celular chama minha atenção. Abro o e-mail com o endereço e o horário do banco onde farei o primeiro reconhecimento da filha do senhor Mazur. Em anexo tem um comprovante de deposito em minha conta, uma valor obsceno. Continuo descendo a mensagem para o ultimo anexo da mensagem , e é quando eu a vejo. Uma foto de Rosemarie Hathaway está no fim da mensagem . 

Uma euforia sobe pela minha coluna , eu começo a rir descontroladamente. O motorista do táxi me olha pelo retrovisor interno como se eu fosse louco. Talvez eu esteja agindo como um. Bato em seu ombro e digo: 

- Por favor senhor , nos leve de volta para o aeroporto. 

Ele apenas faz que sim com a cabeça e pega o próximo retorno. E um único pensamento martela em minha cabeça: 

Se prepare Rose. Eu estou chegando.