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Capítulo 6

Por Dimitri

Tudo que eu mais queria era fazer Rose minha . Queria sentir cada centímetro de sua pele , acariciar seu corpo e fazer amor com ela enumeras vezes, mas eu não podia. Depois de tudo que minha menina passou , a suspeita de ter sido abusada por Jesse, eu não podia me aproveitar de sua fragilidade. Teríamos que esperar mais um pouco, a grande dúvida era : será que ela entenderia ?

- Não minha querida, ainda não... - digo puxando Rose para os meus braços a sentando em meu colo. Ela me olha com espanto , sem entender a minha decisão. - Roza , depois de tudo que aconteceu com você , acho melhor a gente esperar ...

- Dimitri eu não estou quebrada . Eu não sou uma menininha frágil ... - ela fala com raiva , tentando se livrar de meus braços. A seguro com mais força , fazendo com que a mesma me encare.

- Eu sei minha menina. Eu não duvido nem por um segundo de sua força, mas com tudo que você passou , só quero te dar tempo... Está tudo muito recente. - Rose parece finalmente entender o meu ponto de vista , ela baixa o olhar e eu afrouxo um pouco o aperto dos meus braços.

- É por conta da situação com Jesse não é ? - ela me pergunta sem me olhar nos olhos .

- Roza eu só quero cuidar de você. - digo por fim depositando um selinho em seus lábios.

Rose relaxa e deita em meus braços se aconchegando em meu colo, começo a acariciar seus cabelos. O tempo passa numa paz a qual não sentia a algum tempo. Rose adormece em meus braços e eu permaneço imóvel , apenas admirando seu sono. E eu apenas me questionava:

"Como se dá a alguém um pedaço de céu?"

O tempo foi passando e eu acabei pegando no sono também. Acordei no dia seguinte com uma baita dor na coluna por dormir sentado , mas ao ver Rose tão serena ainda em meu colo sorrio satisfeito. Cada segundo da minha vida que compartilhava com Rose eu me sentia uma pessoa melhor. Rose tinha os seus demônios pra enfrentar, ela compartilhará comigo toda sua dor , eu ainda não tinha feito o mesmo. Tinha medo que ao contar o que me assombrava, ela desistisse de mim. Ao pensar em meus dias sem Rose, automaticamente apertei mais meus braços ao seu redor, como se a qualquer momento ela fosse sumir. Depositei um beijo no topo da sua cabeça, minha menina começa a se mexer como uma gatinha manhosa , ela estava despertando.

- Bom dia Roza.

- Bom dia camarada, dormiu bem ? - ela pergunta ainda com os olhos fechados, minha reação inicial foi rir com o novo apelido.

- Sim Roza , perfeitamente bem. - apesar da dor em minha coluna , o simples fato de acordar com Rose em meus braços tornava aquela situação perfeita. Nenhuma dor poderia ser maior que isso.

- Preciso ir pro Campus , hoje é a noite do karaokê. Você vai não é ? - Não só Rose , mas todos estavam animados com a tal noite do karaokê, ver ela ansiosa por algo me enchia de alegria.

- Sim pequena estarei lá. - depositei um selinho em seus lábios e ela me abriu um dos seus doces sorrisos. Rose muita vezes poderia se passar por uma menininha inocente, mas na verdade era o pecado em forma de gente.

Levei Rose de volta para a campus, antes paramos para tomar café em nossa 'nova confeitaria'. Longe do campus poderíamos agir como um casal normal, aproveitamos para trocar beijos e carícias. Mas ao se aproximar da Universidade tivemos que nos distanciar, para Rose - e todo o resto- eu era um dos coordenadores de disciplina, só minha irmã sabia a verdade. Eu planejava contar tudo para Rose assim que possível, até porque ela poderia me ajudar na investigação, já que Jesse seu ex era um dos suspeitos.

Dirijo de volta para a casa de minha família. Natasha me ligou diversas vezes, seus irmãos faleceram no início da semana em um acidente, ela ficará responsável por seu sobrinho Christian Ozera. A mesma me pediu ajuda para transferir a matrícula de Christian para a faculdade da Pensilvânia, já que ela estava se mudando para cá. Por mais que eu tentasse me afastar de Tasha , nós tínhamos um passado juntos , o qual eu não poderia esconder. Diante de tamanha calamidade , o mínimo que eu poderia fazer para minha ex mulher era ajudá-la com a matrícula de seu sobrinho e ser solidário a sua perda.