Quem matou o Rei?

Confiança · 08

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Mesmo tendo feito isso por mim o Conrado mostrava claramente que seria um rei tão bom quanto o Jaime, ou até mesmo melhor. A reputação admirada que ele tanto tem foi colocada em risco por causa do que lhe pedir, e mesmo assim em momento algum ele pensou em desistir com medo do que poderiam falar. A cada momento que eu desconhecia aquele amigo que tive quando criança, enxergava um homem bem melhor.

Após a investigação terminar não foi encontrado nada suspeito, logo todos foram para casa. Exceto o Lorenzo que esperava para acompanhar a sua avó a propriedade de segurança do palácio. Aproveitei que o Conrado estava conversando com os soldados e Arquiduquesa para ir até ele.
— Sinto muito por sua avó estar sendo acusada.
— Você sente? Porque para mim isso tudo não passa de uma armação. De repente você aparece em nossa casa fazendo papel de uma menina mimada inocente e quando minha avó cede a sua insistência isso acontece. Você não me engana com essa conversa de que sente muito, não descarto a possibilidade de ser a assassina do Rei.
— E quanto a você? Como entrou aqui tão rápido?
— Não basta acusar a minha avó, agora está me acusando?
— Se você analisar, verá que muitos presentes no evento tem motivos para ser suspeito.
— Nem eu, nem minha avó matamos o Rei. ⠀
— Eu acredito em vocês, mas muitos não. Precisamos de provas concretas que prove a inocência de vocês. ⠀
— A futura Rainha não confia nos soldados do seu reino?
— Em um reino onde os súditos mata o seu soberano, não se deve confiar em ninguém.
— Tudo bem, vamos fazer isso.
— Fazer o que exatamente? – pergunta Conrado ao se colocar entre nós e segurar a minha cintura
— Deixe-me lhe apresentar o… ⠀⠀
— Grão Duque Lorenzo. – antes que eu terminasse a frase, Conrado a completou.
— Majestade. – disse Lorenzo
— Confesso que sempre quis o conhecer, muitos não entendem o por quê​ de abrir mão do privilégio de ser Rei.
— Acredito que é o momento ideal para saber o porque. – Lorenzo se refere ao assassinato do Rei
— Imprevisível, é como eu defino os acontecimentos no Reino.
— Evidente. ⠀
— Se não for incomodo, do que estavam falando a pouco?
— Não é um incômodo, afinal ela é sua noiva.
— Não estávamos falando nada demais, apenas assegurei ao Lorenzo que confio nos soldados para descobrir que realmente é o culpado. – mesmo tendo que mentir, escondi minha investigação secreta do Conrado, ele jamais aprovaria essa minha decisão. – Com sua licença, já está na hora de eu me retirar. Depois de um evento como esse eu preciso descansar. Vou apenas me despedir da Arquiduquesa.
— Irei acompanha-la. – disse Conrado
— Por favor, fique. Acredito que há muito o que fazer aqui. Meus servos estão a fora a minha espera, chegarei em segurança.
— Nos veremos amanhã. ⠀⠀
— Meu senhor, há um funeral para organizar, não quero ser um incômodo.
— Sempre haverá tempo para você em meus planos. – sorrir calorosa após sentir os lábios do Conrado tocar o meu cabelo

Apesar de estar irritado com o fato da Arquiduquesa está acompanhada por seguranças, Lorenzo se divertiu ao presenciar minhas tentativas para fugir do Conrado. ⠀⠀⠀
— Sinto muito pelo ocorrido, sei que não é a culpada. Me unirei ao Lorenzo para encontrarmos provas que te inocente.
— Agradeço por querer me ajudar, mas como futura Rainha não deveria se envolver em assuntos como esse.
— Se me disser que o motivo de estar falando isso é porque fomos feita para cozinhar e cuidar do lar, ficarei fendida.
— Não​ se trata disso. – ela sorrir – Pode ser perigoso, mesmo que não tenha sido eu, alguém matou o rei.
— O que quis dizer quando disse “mesmo que não tenha sido eu”? Falando assim parece estar em dúvida. ⠀⠀⠀
— Não quer dizer nada, eu apenas me atrapalhei. – a expressão dela novamente estava tão fria como a noite
— Tudo bem, voltarei depois. Tenta descansar, Conrado cuidará bem de vocês