Capítulo 11

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Matador

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Matador.

Camila:Manda alguém me levar na faculdade,minhas pernas estão doendo.

Matador:Paga um uber.-falei mexendo no celular.

Camila:Não estou brincando-ela me olhou sério.

Matador:Ai JM,tá com o carro?

JM:Tô sim,qual foi?

Matador:Desce aqui no meu barraco,pra levar a Camila na faculdade.

JM:Tranquilo,tou descendo-desliguei o rádio.

Vestir minha camisa colocando a arma na cintura.

Camila:Não vai me levar?

Matador:Você por acaso é surda?JM vai te levar lá.

Camila:Grosso.

Nem respondir nada,sair de casa montando na minha broz e descendo pra piquena.

Galo:Qual foi patrão?-veio cheio de intimidade.

Matador:Pouca ideia pra tu-fechei a cara entrando no barraco.

Entrei e os caras já estavam com os malotes divindo as drogas em pacotinhos e pesando.

Matador:Embala essa porra direito,sabe contar não?-falei estressado.

Zézão:Aí,cheguei lá no Thiago da rua de cima e ele não pagou não.

Matador:E você deixou ele vivo?-ele assentiu.

Zézão:O cara prometeu pagar até semana que vem.

Matador:Ele te falou oque na semana passada?-arqueei a sobrancelha.

Zézão:Ia pagar hoje.-puxei ele pela camisa que se assustou.

Matador:Acho melhor tu passar esse cara logo,já te mandei o papo que não é pra ter pena desses filhas da puta-larguei ele empurrando contra parede-se chegar semana que vem e o dinheiro não tiver na minha mão quem vai morrer vai ser você-apontei o dedo na minha cara.

Zézão:Ele é meu primo-ele engoliu seco

Matador:Ou tu mata ele ou eu mato você-ele assentiu saindo-tão olhando o que?atividade,atividade-falei acendendo meu cigarro.

Assumir isso daqui tem uns cinco anos e te falar,bagulho não foi fácil.

Pra ter esse luxo todo que eu tenho hoje eu tive que ralar pra caralho,matar muita gente inocente que não tinha nada haver.

Depois daquele dia na padaria,virei vapor.

Pra minha sorte o Terror tinha gostado de mim pra caralho,então comecei novinho mas avancei rápido.

Aos dezesseis anos eu já fazia coisas que eu nunca imaginei fazer.

Tinha fama de monstro e tenho até hoje,e papo reto,não é que eu gosto desse bagulho?

Os caras começaram a me chamar de Matador gastando com a minha cara.Passava na rua pra fazer um favor pro chefe e eles já gastavam na minha onda.

Ficava com ódio e metia bala no cu deles e depois eu me fudia,levava esporro e o caralho a quatro.

Neguinho aí se ligou que meu vulgo não era por acaso e começou a criar respeito.

Criaram respeito por mim e eu me liguei que favela não era bagunça e que eu tinha que respeitar mas que principalmente,eu tinha que ser respeitado.

Levava mó surra dos caras que trabalhavam pro Terror.Eu era muito emocionado,quando eu via os caras descer com moto,carro,ouro e mulher eu ficava doidão.

Criei ambição e isso me ajudou pra caralho,ganhei o respeito do Terror e aos dezessete ele me colocou como gerente do pó de 20 e da maconha.

Aos dezoito virei gerente das bocas e aos vinte ele passou o comando pra mim.

Ele conheceu uma coroa,Ângela,brabona ela.Casou e tá de coleira até hoje,vem aqui as vezes e é raramente.

Mesmo ele sendo um filha da puta desgraçado,cuidou de mim como se eu fosse um filho.

Me ajudou pra caralho, até pagou psicólogo pra Camila.

E tu acha que mesmo no tráfico eu parei de estudar?Que nada,se eu faltasse um dia o cara metia bala no meu cu.

Eu não troco isso aqui por nada,tô vivendo do jeito que eu quero sem dever nada pra ninguém.

Matador:Fé,atividade tá ligado?-fiz o sinal com os caras e sair.

Pedrinho:Ai chefe,Júlia tá armando barraco com a Gabriela na Rua 19.

Matador:Deixa elas se matar pô.

Pedrinho:Quem mandou ser o pica de mel?

Matador:Que nada-sair rindo.

Eu trocava uma ideia legal com os caras,zoava pra caralho mas tudo tinha seu momento.

Tenho que manter pulso firme independente de quem seja.
















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