- Cap 27 -

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Enquanto esperávamos uma das empregadas betas da casa colocar os sanduíches numa bandeja apropriada, minha avó me encarava preocupada mas sorrindo de forma aconchegante.

- Pode começar a contar tudo! - falou minha avó e mais uma vez eu suspirei.

- Vó.. Eu amo o chanyeol.. ele me faz bem, cuida de mim, é.. perfeito! - falei meio suspirante e encarando o nada, e a mais velha fez carinho em meus cabelos brevemente.

- Querido.. é provável que seu avô desista dessa ideia maluca agora que sabe que Chanyeol tem um certo poder.. mas promessa de alfas é inquebrável e se não for cumprida ou desfeita por ambas as partes pode acabar tudo em tragédia.. - falou a morena com um olhar suplicante.

- eu sei.. mas.. Eu estou cansado! Toda a minha vida eu sofri na mão de alfas, vivi em prol de pessoas que só me via como objeto... a senhora foi a única presença amorosa que eu tive por um longo prazo.. Chanyeol me faz querer viver, me faz bem, é a melhor pessoa que já conheci, e eu pretendo me unir a ele logo - falei convicto.

- Eu não estou me opondo meu filho, apenas temo por você.. Hani não me ouvia quando se tratava de ouvir conselhos amorosos, você é tão teimoso quanto ela - começou brevemente chorosa fazendo carinho em meu rosto. - Mas eu também vejo o quanto sua alma e de Chanyeol estão perfeitamente alinhadas, apenas.. temo, eu temo que seu avô dificulte tudo por você, por isso meu bem eu vou te dar um último conselho, não subestime o Jiyong, se puder fazer algo pra proteger quem ama, apenas faça e não olhe pra trás. - falou logo ficando séria.

Por mais que aquilo tivesse me assustado e me deixado levemente intrigado eu não questionei nada, apenas concordei. Logo levamos as bandejas até o jardim, mas assim que chegamos perto da mesa pude ver Chanyeol e Kris rosnando um pro outro. O senhor Wu e meu avô  tentavam acalmar os dois.

- O que se passa aqui?! - falou minha avó deixando as coisas sobre a mesinha.

- Chany.. ? - o chamei baixo.

Minha mente quase ouviu um click, bastou minha voz levemente apreensiva e chanyeol se virou pra mim piscando diversas vezes.

- Mil perdões senhora Kwon, desculpe meu doce.. - falou chanyeol me abraçando. - acho que a minha conversa com Yifan foi longe de mais, se nós dão licença Jongdae e eu temos de ir. - falou Chanyeol segurando minha mão.

- Se quer ir apenas vá, rapaz. Ainda não terminei de falar com meu neto - alfinetou meu avô.

Definitivamente eu já estava cansado daquela palhaçada. As palavras da minha avó se fizeram presente em mim mente, chanyeol afrouxou a forma que segurava minha mão para me dar o poder de decidir, aquilo foi mais uma prova que ele era por quem eu deveria lutar.

- Se meu alfa for, eu vou. Tenha todos um bom fim de tarde. Até logo vó - falei firme e a mais velha me sorriu doce e orgulhosa.

Segurei a mão de Chanyeol firmemente e o seguimos para a saída. Quando finalmente chegamos perto do seu carro, aquela mão me puxou forte. Fui puxado para um forte abraço, um abraço caloroso de Chanyeol.

- Você está bem..? - perguntei baixo.

- Estou, e não poderia estar mais orgulhoso de você, como se sente meu amor? - perguntou perto do meu ouvido me fazendo leves cócegas, eu poderia até mesmo ronronar com aquele carinho.

- Estou bem.. mas eu quero ir pra casa.. - falei meio manhoso.

- Depende qual delas? - falou rindo e eu lhe dei um tapa fraco. - Aí! não seja agressivo meu doce! É sério qual das casas? Você sabe que a casa de todo mundo também é sua casa - falou fazendo um pequeno bico, por um instante eu o limitei, era verdade eu não tinha a minha apenas a dos outros.

O beta de cheiro doceOnde histórias criam vida. Descubra agora