Confusão

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11:10 am
04.17.19
Quarta-feira

Sadie esfregou os olhos ao acordar. Piscou algumas vezes para se acostumar com a claridade que escapava da cortina. Ela se colocou sentada e olhou para o lado, onde Millie dormia serenemente. Tomou cuidado ao se levantar da cama tentando não acordar a amiga. Olhou o horário no celular e arregalou os olhos assustada. A menina calçou suas pantufas e correu em disparada até a cozinha.

-- Mãe, eu to atrasada pra escola! -- gritou desesperada.

-- Se acalma Sads -- Jacey sorriu da irmã.

-- Achei que por ter chegado muito tarde ontem, deveria descansar hoje. E achei certo! Acordou cheia de energia.

-- Mas e a senhora? Não foi trabalhar?

-- Vou trabalhar em casa hoje. Sua irmã não está se sentindo bem.

-- O que você tem meu amor? -- foi até a criança e a abraçou.

-- Ela passou a noite tossindo e vomitou o café da manhã.

-- Oh meu Deus -- apertou a irmã novamente.

-- Aidan ligou pro telefone fixo, parecia preocupado. E para chegar no ponto de ligar para nossa casa deve estar desesperado.

-- Merda -- correu imediatamente até escadas.

-- Olha a boca!


A menina pegou o celular e discou o número do namorado. Andou até o andar de baixo e foi até o quintal. A voz mecânica anuncia que estava na caixa postal. Se sentou no balanço e ligou outra vez, dessa vez sendo atendida.

-- Oi -- a voz dele estava rouca, como se tivesse acabado de acordar. Sadie ficou confusa pois sua mãe disse que ele ligara cedo.

-- Ei, você.-- ela disse.

-- Me desculpa por sair daquele jeito ontem a noite. Minha mãe precisava da minha ajuda.

-- Tudo bem. Eu te peço desculpas também por toda aquela confusão...-- ela escutou vozes e números -- Onde você está? -- ficou receosa de perguntar isso e parecer invasiva.

-- No aeroporto.

-- Você tá indo embora?

-- Eu tenho umas coisas para resolver em LA com a Trinity e algumas coisas da série.

-- Mas você nem se despediu... -- seu tom saiu completamente decepcionado, então, o menino suspirou.

-- O vôo só sai daqui uma hora e meia.

-- Acha que dá tem- quero dizer, eu posso ir ai?-- ela sabia que daria tempo. De sua casa até o aeroporto eram trinta minutos. Sobraria uma hora para eles conversarem.

-- Pode sim, aliás, temos que conversar mesmo -- a garota sentiu um frio na barriga.

-- Vou falar com minha mãe e te aviso.

As cartas de Sadie Sink Onde histórias criam vida. Descubra agora